Caso Nicolly: adolescentes suspeitos de matar jovem de 15 anos são apreendidos, no Paraná
Os dois já eram apontados como principais suspeitos do crime pela Polícia Civil de São Paulo
Dois adolescentes, de 17 e 14 anos, são suspeitos de terem assassinado Nicolly Fernanda Pogere, de 15 anos, em Hortolândia (SP). Eles foram encontrados pela Polícia Civil nesse domingo (20), escondidos na casa da avó de um deles, no interior do Paraná.
Segundo José Regino Melo Lages Filho, delegado do 2º Distrito Policial de Hortolândia, em entrevista ao g1, os suspeitos confessaram o crime com "riqueza de detalhes" e admitiram que fugiram para não lidar com as autoridades.
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Um dos adolescentes apreendidos é o ex-namorado da vítima, de 17 anos. Ele prestou depoimento à Polícia pouco tempo após o sumiço de Nicolly, afirmou que tinha terminado com ela uma semana antes e disse que eles não mantinham mais contato.
Junto dele estava outra adolescente, de 14 anos, com quem também mantinha uma relação. Os dois já eram apontados como principais suspeitos do crime pela Polícia Civil.
Conforme o g1, os dois tiveram internação provisória decretada pela Justiça de São Paulo e serão encaminhados para a Fundação Casa Andorinhas, em Campinas, no Interior do Estado.
Como o crime aconteceu
Nicolly desapareceu no dia 14 de julho após falar para o avô que iria ver o namorado no bairro Jardim Amanda, em Hortolândia. Segundo o padastro, Felipe Espanha, disse para o g1, a jovem e o suspeito se conheciam desde a infância, até ela se mudar para Mococa (SP).
Eles continuaram a manter contato pela internet, até que ela foi, neste mês, a Hortolândia visitar o avô e se encontrar com o ex-namorado. O avô registrou Boletim de Ocorrência (B.O) relatando o desaparecimento após perder contato com a neta. O corpo dela só foi encontrado quatro dias depois, na última sexta-feira (18), em um lago.
Conforme os policiais, a vítima foi encontrada esquartejada e enrolada em dois lençóis e uma lona azul. O corpo tinha sinais de traumatismo, perfuração por arma branca e uma inscrição nas costas com as iniciais PCC, relacionadas à facção Primeiro Comando da Capital.
Sobre as iniciais, o delegado José Regino, responsável pelo caso, afirmou à CNN que elas representam uma "tentativa deliberada de disfarçar a motivação real do crime, simulando possível relação com organização criminosa".
O caso segue sob investigação do 2º Distrito Policial de Hortolândia, para investigar a motivação do feminicídio e mais detalhes.