Diário do Nordeste

Casal é preso em Cuiabá (MT) suspeito de matar adolescente grávida e raptar o bebê

Emilly Sena saiu para buscar doações de roupas infantis, mas não retornou

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 11:19)
Casal é preso em Cuiabá (MT) suspeito de matar adolescente de 16 anos grávida e raptar o bebê

Um casal foi preso em flagrante pela Polícia Civil de Mato Grosso (PCMT) acusado da matar Emilly Azevedo Sena, adolescente de 16 anos grávida de nove meses. O corpo dela foi encontrado nessa quinta-feira (13) enterrado no quintal dos suspeitos, em Cuiabá, com um corte na barriga e sem o bebê.

Emilly estava desaparecida desde quarta-feira (12). Ela tinha saído da casa onde morava, no município Várzea Grande, em direção a Cuiabá para buscar doações de roupas infantis na casa de uma mulher com quem conversava pela Internet. Depois de algum tempo, a família não conseguiu mais entrar em contato com Emilly.

"Ela [a suspeita] falou que ganhou muita roupa e queria doar um pouco para Emilly. Então, mandou a localização e até um Pix para que minha filha pudesse ir até lá buscar as roupas. Só que ela foi e não voltou. Ela não atendia, só recusava as ligações. Apenas me mandava mensagens dizendo que não podia falar porque estava em uma corrida de aplicativo", relatou a mãe, Ana Paula Meridiane, em entrevista ao g1.

Suspeitos tentaram registrar a criança

Horas depois, o mesmo casal deu entrada no Hospital Santa Helena para registrar um bebê recém-nascido, relatando que o parto tinha ocorrido em casa. Segundo a Polícia Civil, a mulher se recusou a ser atendida, o que levantou suspeitas da equipe da unidade.

Quando aceitou o atendimento, os funcionários estranharam o fato de a suposta mãe não conseguir produzir leite materno, além de não apresentar sinais de estar no período puerperal, mesmo após exames ginecológicos e laboratoriais. Eles, então, decidiram entrar em contato com as autoridades.

Polícia acha corpo com sinais de tortura

A PCMT foi acionada para conduzir o casal até a Central de Flagrantes. Após os primeiros depoimentos, uma equipe do Núcleo de Pessoas Desaparecidas foi até a residência dos suspeitos, onde encontrou o corpo de Emilly enterrado no quintal com sinais de estrangulamento e tortura.

Diante dos fatos, a Polícia acredita que a adolescente foi vítima de um parto forçado com o intuito de raptar o bebê. "As investigações da Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) seguem em andamento para apurar a atuação de cada um dos envolvidos nos crimes de homicídio e ocultação de cadáver", afirmou a Polícia em comunicado. A criança sobreviveu e segue internada.

A Prefeitura de Cuiabá publicou uma nota de pesar pela morte de Emilly, em nome do prefeito e da primeira-dama. "Juntos, Samantha Iris e Abilio Brunini prestam solidariedade à família da vítima neste momento de dor e sofrimento. E esperam que a Justiça seja feita no seu maior rigor ao punir os responsáveis por este crime terrível", diz o boletim.

Casal dizia aguardar um terceiro filho

Antes do crime, o casal compartilhava com os seguidores a espera de um terceiro filho. Em entrevista ao g1, a mãe de Emilly afirmou que os suspeitos diziam ter mais dois meninos e que queriam uma filha.

Em vídeos publicados no TikTok, a mulher, de 25 anos, afirmava ter feito uma laqueadura, mas o procedimento teria falhado, o que possibilitou ela engravidar novamente. O casal também postou vídeos de um chá revelação do suposto bebê e, no mesmo dia da ocorrência, ainda comemoraram o nascimento da criança pelo Instagram.

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