Irmã de Juliana Marins critica postura de legista da Indonésia: 'É absurdo atrás de absurdo'

Segundo ela, o legista convocou uma coletiva de imprensa antes de repassar as informações aos familiares

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Mariana Marins com cabelo loiro, óculos e piercings falando ao lado de Juliana Marins, com cabelo castanho encaracolado em ambiente ao ar livre, ambos representam diversidade e alegria.
Legenda: Autópsia foi divulgada nessa sexta-feira (27)
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Mariana Martins, a irmã de Juliana Marins, que faleceu aos 26 anos após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, publicou, nessa sexta-feira (27), um desabafo sobre a divulgação da autópsia da jovem.

Em um vídeo compartilhado no Instagram, Mariana revela que a família não foi informada previamente sobre as causas da morte. Eles souberam das informações pela mídia.

“Minha família foi chamada no hospital para receber o laudo, mas, antes que eles tivessem acesso a esse documento, o médico achou de bom-tom dar uma coletiva de imprensa para anunciar tudo”, explicou. “É absurdo atrás de absurdo, e não acaba mais”.

Mariana foi entrevistada pelo jornal O Globo, e contou como até mesmo o pai, que está pessoalmente em Bali, não recebeu detalhes sobre a autópsia. “Ficamos sabendo depois porque o legista quis seus 15 minutos de fama”, desabafou.

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Translado de Juliana será custeado pela prefeitura de Niterói

Após o relato nas redes sociais, Mariana confirmou que o translado de Juliana vai ser custeado pela prefeitura de Niterói (RJ). Ela também agradeceu ao prefeito Rodrigo Neves (PDT) pela compaixão demonstrada.

“Juliana amava Niterói. Ela amava as praias de Niterói. Essa cidade era uma coisa que ela amava de paixão. É muito bonito ver essa atitude da prefeitura em relação a ela”, finalizou Mariana.

A proposta da prefeitura de se responsabilizar pelo translado do corpo aconteceu após o Itamarary negar qualquer envolvimento no processo. Segundo o órgão federal, isso se deve à legislação brasileira, que não prevê a cobertura dessas despesas por parte do Estado.

No entanto, na última quinta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que o Ministério das Relações Exteriores prestasse todo apoio à família, incluindo o custo do translado.

Do que Juliana morreu?

A autópsia realizada em Juliana revelou que ela morreu de trauma contundente na região do tórax. O especialista forense Ida Bagus Alit detalhou, à imprensa, que a jovem de 26 anos teve sangramento e órgãos internos danificados devido às seguintes lesões: 

  • fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa;
  • arranhões e escoriações. 

“A vítima sofreu ferimentos devido à violência e fraturas em diversas partes do corpo. A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas”, ressaltou o médico, segundo a BBC Brasil.

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