O histórico acordo de defesa firmado entre Coreia do Norte e Rússia em junho, que sela a aproximação dos dois países em meio à guerra na Ucrânia, entrou em vigor nessa quarta-feira (4), anunciou a agência oficial norte-coreana KCNA.
O líder norte-coreano Kim Jong Un e o presidente russo Vladimir Putin assinaram o tratado estratégico durante uma visita do chefe do Kremlin a Pyongyang.
O acordo entrou em vigor nesta quarta com a troca dos documentos ratificados em Moscou entre os dois países, acrescentou a agência.
Comandantes militares da Rússia e EUA conversaram em novembro
O comandante do Estado-Maior da Rússia e seu homólogo dos Estados Unidos conversaram por telefone em 27 de novembro, anunciaram os dois países nesta quinta-feira (5), em um momento de agravamento da tensão entre Moscou e o Ocidente a respeito da Ucrânia.
"Em 27 de novembro, por iniciativa da parte russa, aconteceu uma conversa telefônica entre Valeri Guerasimov e Charles Brown", informou o Ministério da Defesa russo em um comunicado.
"Foi a primeira vez que os dois líderes conversaram desde que o general Brown assumiu como chefe do Estado-Maior", em outubro de 2023, confirmou um porta-voz do Estado-Maior americano, também em um comunicado.
Os dois discutiram uma série de questões relacionadas à segurança global e regional, em particular o conflito em curso na Ucrânia.
A ligação não havia sido divulgada até o momento "a pedido do general Guerasimov", apontou o porta-voz.
O Ministério da Defesa russo afirmou que, "durante a conversa, a parte americana foi informada sobre a realização de exercícios (militares) no leste do Mediterrâneo" por parte do exército russo, segundo o comunicado do ministério.
A Rússia anunciou na terça-feira que organizou exercícios com mais de 1.000 soldados e lançamentos de mísseis, incluindo o hipersônico Zirkon, no leste do Mediterrâneo, sem revelar a data.
O anúncio ocorreu no momento em que a Síria, sob a liderança de Bashar al-Assad, aliado da Rússia, perdia áreas de seu território para uma coalizão de rebeldes liderados por islamistas radicais.
Os dois comandantes do Estado-Maior também discutiram o lançamento, em 21 de novembro, de um míssil balístico hipersônico experimental por parte do exército russo sobre uma fábrica militar ucraniana, um armamento com capacidade de transportar uma carga nuclear, afirmou uma fonte americana.