O mosquito Culicoides paraensis, mais conhecido como maruim, é um dos principais responsáveis pela transmissão da febre oropouche, doença que teve as duas primeiras mortes confirmadas no Brasil em julho.
O Ministério da Saúde acompanha os casos da doença e alerta para os cuidados necessários para prevenir a contaminação pelo mosquito.
PREVENÇÃO
- Evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores;
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele;
- Realizar a limpeza de terrenos e de locais de criação de animais;
- Recolher folhas e frutos que caem no solo;
- Usar telas de malha fina em portas e janelas.
O QUE É A FEBRE OROPOUCHE?
O vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) provoca a doença. A transmissão é feita principalmente por mosquitos, sendo o Culicoides paraenses, comumente chamado de maruim ou mosquito-pólvora’, o principal vetor, tanto no ciclo selvagem quanto no urbano.
Em geral, o inseto é pequeno e voa em zigue-zague. Após picar uma pessoa ou animal infectado, o OROV permanece no sangue do inseto por alguns dias. Quando o transmissor pica outra pessoa saudável, pode infectá-la.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), o vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir da amostra de sangue de uma bicho-preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente em regiões silvestres.
CASOS NO CEARÁ
A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) confirmou 96 casos de febre do oropouche — um evento atípico, visto que a doença não é considerada endêmica na região.
Conforme boletim epidemiológico das arboviroses, divulgado em 2 de agosto, os casos foram detectados na região do Maciço do Baturité, incluindo as cidades de Pacoti (28), Mulungu (26), Aratuba (22), Redenção (17) e Palmácia (03).