Suspeito de cometer homicídio em outubro é preso por incêndio a barco no Ceará
Os dois crimes ocorreram na mesma cidade, em um intervalo de 42 dias.
Mais um suspeito de participar do incêndio criminoso a um barco em Itarema, no Litoral Oeste do Ceará, foi preso pelas Forças de Segurança do Estado. Ele é o quinto capturado por ligação com o crime.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) divulgou que o suspeito, de 25 anos, foi preso em uma abordagem do Batalhão de Polícia do Meio Ambiente (BPMA), da Polícia Militar do Ceará (PMCE), na localidade de Torrões, em Itarema, na última quarta-feira (10).
Durante a abordagem, o homem foi identificado como um dos suspeitos de ter participado do incêndio. Com ele, que já respondia por um homicídio, ocorrido em 27 de outubro de 2025, também em Itarema, foram encontradas uma arma calibre. 40, duas munições, dois celulares e outros objetos."
O homicídio e o incêndio ao barco ocorreram em um intervalo de 42 dias.
A SSPDS não divulgou mais detalhes sobre o homicídio. Em consulta aos Registros Diários da Pasta, é possível verificar que um homem de 52 anos foi morto por arma de fogo, em Itarema, no dia 27 de outubro deste ano.
O suspeito e o material apreendido foram levados à Delegacia de Polícia Civil de Itarema, onde ele foi autuado por integrar organização criminosa, incêndio e extorsão.
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Outras prisões pelo incêndio ao barco
Quatro suspeitos de participar do incêndio ao barco, em Itarema, na madrugada da última segunda-feira (8), foram presos pelas Forças de Segurança, no dia seguinte.
Entre eles está Jorginaldo Ribeiro Félix, conhecido como 'Bobica', de 28 anos, detido no bairro Planalto Ayrton Senna, em Fortaleza. Ele é apontado como uma liderança da facção carioca Terceiro Comando Puro (TCP).
Outro suspeito também foi preso na Capital, no bairro Barra do Ceará. E dois suspeitos foram capturados em Itarema, ainda na terça-feira (9).
Proprietário do barco sofreu extorsão
Um barco avaliado em mais de R$ 1 milhão foi incendiado no Município de Itarema, no Litoral Oeste do Ceará, na madrugada desta segunda-feira (8). A principal suspeita da Polícia é que o incêndio tenha sido cometido por integrantes da facção criminosa Terceiro Comando Puro.
A reportagem apurou, com fonte da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), que os proprietários de barcos atracados na região sofreram extorsão da facção, que começou a exigir uma "mensalidade" no último mês.
O proprietário da embarcação incendiada teria se recusado a pagar a taxa exigida pelos criminosos, o que teria motivado o ataque.
Os criminosos teriam proibido, na região, também, a pesca da lagosta, até o fim de abril do próximo ano. O período coincide com o defeso da lagosta, regulamentado pelas autoridades ambientais nacionais.