Chefe da facção TCP é preso por ordenar incêndio a barco no Interior do Ceará
O proprietário da embarcação teria se recusado a pagar uma taxa à organização criminosa.
Um homem apontado como chefe da facção carioca Terceiro Comando Puro (TCP) foi preso em flagrante, nesta terça-feira (9), por suspeita de ordenar o incêndio a um barco, em Itarema, no Litoral Oeste do Ceará, ocorrido na madrugada da última segunda (8).
Jorginaldo Ribeiro Félix, conhecido como 'Bobica', de 28 anos, foi preso em uma ação das polícias Civil (PCCE) e Militar do Ceará (PMCE), no bairro Planalto Ayrton Senna, em Fortaleza. A reportagem apurou que ele é uma liderança do TCP, organização criminosa que começou a extorquir proprietários de embarcações em Itarema.
"Logo após o registro do fato, as equipes das Forças de Segurança do Ceará iniciaram diligências ininterruptas para apurar a ocorrência", informou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS).
Em uma ação rápida, integrada e baseada em informações de inteligência, os agentes localizaram o alvo, que já possui antecedentes por porte ilegal de arma de fogo e receptação. O homem foi conduzido para uma unidade da Polícia Civil na Capital."
Na Delegacia, o suspeito foi autuado em flagrante pela Polícia Civil pelos crimes de integrar organização criminosa, incêndio e extorsão.
Segundo a SSPDS, outros envolvidos na mesma ação criminosa foram encaminhados para a Delegacia de Itarema, e a ocorrência segue em andamento. A Pasta não divulgou mais detalhes sobre essa abordagem.
Proprietário do barco sofreu extorsão
Um barco avaliado em mais de R$ 1 milhão foi incendiado no Município de Itarema, no Litoral Oeste do Ceará, na madrugada desta segunda-feira (8). A principal suspeita da Polícia é que o incêndio tenha sido cometido por integrantes de uma facção criminosa.
A reportagem apurou, com fonte da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), que os proprietários de barcos atracados na região sofreram extorsão de uma facção, sendo exigidos de pagar uma "mensalidade".
O proprietário da embarcação incendiada teria se recusado a pagar a taxa exigida pelos criminosos, o que teria motivado o ataque.
A reportagem apurou que a taxa começou a ser cobrada pela facção criminosa a proprietários de embarcações no último mês.
Os criminosos teriam proibido, na região, inclusive, a pesca da lagosta, até o fim de abril do próximo ano. O período coincide com o defeso da lagosta, regulamentado pelas autoridades ambientais nacionais.