Professores acatam proposta da Prefeitura e suspendem paralisação após uma semana
Aulas voltam ao normal a partir desta quinta-feira (8), diz prefeito
Os professores municipais de Fortaleza resolveram, nesta quarta-feira (7), suspender a paralisação da categoria. A decisão foi tomada em assembleia conduzida pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute). Nas redes sociais, o prefeito da Capital, José Sarto (PDT), comemorou a deliberação e afirmou que, a partir desta quinta-feira (8), as aulas da rede voltam ao normal.
"Acabo de receber a ótima notícia de que os professores da rede municipal de ensino aceitaram a proposta de reajuste salarial da Prefeitura de Fortaleza e encerraram a paralisação agora há pouco, em assembleia. A partir de amanhã, as atividades escolares já ocorrerão normalmente e será definido um calendário de reposição das aulas perdidas, sem prejuízo para nossos alunos e alunas", escreveu o chefe do Executivo.
Uma mensagem sobre o assunto foi enviada pelo prefeito nesta quarta à Câmara Municipal e deve tramitar na Casa em regime de urgência.
De acordo com a proposta da Prefeitura, a categoria deve receber um reajuste parcelado. Serão pagos agora 3,62% retroativos a janeiro deste ano e, depois, em junho, haverá um adicional de 0,965%, chegando a 4,62%. Além disso, será incorporado 5,5% da gratificação que todos já recebem ao salário-base — com isso, o percentual da nova gratificação, que era de 20%, passa para 14,5%).
Agenda de protestos
No entanto, mesmo com a suspensão da paralisação, os professores devem prosseguir com protestos mensais ao longo deste ano para garantir as outras pautas que ainda não foram abarcadas pela proposta da Prefeitura, como:
- Incorporação total dos 14,5% restantes da regência de classe;
- Licença-prêmio e anuênio para os professores aprovados no concurso de 2022;
- Inclusão de funcionários de escola no Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Educação;
- CLT para professores substitutos;
- Elevação do teto de isenção da contribuição previdenciária;
- Reintrodução de cargos técnicos em educação que foram descontinuados em gestões anteriores;
- Reajuste complementar de 7,64%.
O Executivo municipal propôs o seguinte acordo:
- Reajuste de 4,62% (3,62% em janeiro e, o restante, 0,965%, a partir de junho);
- Incorporação de 5,5% da regência de classe (gratificação) ao salário-base dos professores;
- Ajuste de 10% no auxílio-alimentação.
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Envio de projetos à Câmara
Em assembleia, os professores definiram ainda que vão enviar projetos de lei à Câmara Municipal para restabelecer direitos, como a reintegração da licença-prêmio e do anuênio para todos os servidores da Educação.
"Juntas e juntos mostramos que somos a maior força sindical do nosso estado e talvez do nosso país. Vamos continuar mobilizados, todos os meses do ano, para conquistar todas as nossas reivindicações. Seguimos na resistência até a vitória final", reforçou a presidente do Sindiute, Ana Cristina Guilherme.
Paralisação
Os professores municipais estavam paralisados desde a última terça-feira (30). Na sexta (2), o prefeito José Sarto (PDT) e a secretária da Educação (SME), Dalila Saldanha, apresentaram uma proposta de reajuste parcelado à categoria, que foi rejeitada naquele dia, mas acatada nesta quarta, para que as aulas não fossem prejudicadas.