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Prefeito de Fortaleza diz que fará 'proposta bem razoável' em reajuste do piso do magistério

Professores e professoras realizaram protesto durante sessão da Câmara Municipal de Fortaleza nesta quinta (1º)

Escrito por Luana Barros, Bruno Leite, Ingrid Campos ,
Sarto
Legenda: Sarto garantiu que irá apresentar proposta "bem razoável" para o reajuste salarial de professores e professoras
Foto: Fabiane de Paula

O prefeito José Sarto (PDT) afirmou que deve apresentar uma proposta "bem razoável" para o reajuste salarial de professores e professoras de Fortaleza. Uma reunião está agendada para esta sexta-feira (2) entre a gestão municipal e a categoria — que está em greve desde a última segunda-feira (29). A declaração foi feita na manhã desta quinta-feira (1°), antes do início da sessão de reabertura dos trabalhos na Câmara Municipal de Fortaleza. Profissionais do magistério estiveram presentes e acompanharam a solenidade na galeria e no auditório da Casa. 

Secretária de Finanças do Sindicato União dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute), Gardênia Baima explicou que a intenção da manifestação foi buscar a "intermediação" da Câmara Municipal nas negociações com a Prefeitura. "Por conta da abertura dos trabalhos, nós voltamos a nossa programação para fazer esse diálogo para propor à Câmara que, enquanto a instituição responsável, inclusive também pela cidade, possa intermediar o debate com a Prefeitura de Fortaleza", disse.

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A categoria pede um reajuste salarial de 10,09%. Indagado sobre se iria atender as expectativas dos profissionais do magistério, Sarto preferiu não citar qual será o percentual de reajuste que será proposto pela Prefeitura.

"Eu vou reafirmar aqui o que já tinha afirmado antes: nós garantimos o piso, que é indiscutível. É lei e eu não posso fugir da lei e nós vamos avançar. Nós vamos avançar. Eu acho que vamos fazer uma proposta bem razoável, até onde a gente pode com responsabilidade e com sensibilidade", reforçou. 

Protesto Professores
Legenda: Profissionais do magistério fizeram manifestação na sessão solene de reabertura dos trabalhos na Câmara Municipal de Fortaleza
Foto: Fabiane de Paula

Ele pontuou que existem algumas limitações por conta da legislação em ano eleitoral e, por isso, será necessário que a gestão leve em conta alguns elementos. "Tem toda uma observância. Primeiro, a legalidade do ato. Segundo, a capacidade e a sensibilidade que a gente tem. Eu acho que vai caminhar bem", projeta. 

Tumulto na sessão

A manifestação dos professores e professoras não foi a única na sessão solene desta quinta-feira. Representantes do SindSaúde iniciaram um protesto dentro do plenário da Casa, ao qual se uniu a vereadora Enfermeira Ana Paula (PDT).

O protesto acabou interrompendo o discurso de Sarto na tribuna da Câmara Municipal. O presidente da Câmara, Gardel Rolim (PDT), tentou demover a parlamentar do protesto no meio do Plenário para seguir o discurso do prefeito, mas os ânimos se acirraram, resultando na agressão a vereadora Cláudia Gomes (PSDB) que tentava intervir no episódio.

Diante das tentativas de Cláudia Gomes de afastar Ana Paula da tribuna, enquanto ela falava de forma alterada contra o presidente da Casa, Ana Paula deu um tapa no rosto da vereadora, empurrando-a. Elas tiveram que ser separadas por outros parlamentares e assessores que estavam próximos no momento da briga e a sessão acabou sendo interrompida. 

Após o tumulto, o prefeito Sarto chamou o episódio de "lamentável" e "anti-democracia". Ele aproveitou para destacar o caráter democrático dos protestos feitos pelos profissionais do magistério, que, em determinado ponto do discurso, vaiaram o prefeito.

"Quem é parlamentar que nunca foi vaiado tem que aprender a ser, ouvir o contraditório. Entretanto, na hora que eu coloquei que estava garantido o piso, os professores foram muito gentis e ficaram quietos. Então, o episódio lamentável de anti-democracia não foi por parte dos professores e professoras. Pelo contrário, os professores estão ajudando a gente a educar", ressaltou.

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