'Ninguém faz nada sem combinar com o Lula', diz Guimarães sobre eleição à presidência do PT nacional

Atualmente na vice-presidência da sigla, Guimarães também reforçou que não deve buscar a presidência do PT

Escrito por
Ingrid Campos ingrid.campos@svm.com.br
(Atualizado às 18:33)
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Legenda: José Guimarães (PT), durante Live PontoPoder.
Foto: Davi Rocha

Em meio a cisão na principal corrente do PT nacional, que passa por processo de eleição da nova presidência, o deputado federal José Guimarães defendeu a candidatura apoiada por Lula (PT), representada pelo ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva. Ele ainda enfatizou que a definição deve passar pela anuência de Lula. A declaração foi dada à Live PontoPoder nessa quinta-feira (10).

“Ninguém faz nada no PT se não for combinado com o Lula. Pela referência que ele é, pelo peso que ele tem. [...] Portanto, eu penso que, no PT, que vai viver esse momento, o candidato do Lula é o Edinho. Se fosse para discutir nomes, claro que meu nome largaria com grande vantagem pela referência que eu sou hoje, pelo trabalho que eu faço”, disse o deputado.

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Atualmente na vice-presidência da sigla, Guimarães também reforçou que não deve buscar a presidência do PT. “Eu sou vice-presidente nacional do PT. Em qualquer discussão sobre o futuro do PT, meu nome é citado, mas o Lula tem um candidato, nós vamos fechar com o Edinho. Estamos trabalhando para isso, para tentar construir a nossa unidade”, completou.

A declaração ocorre no contexto do lançamento de outras duas candidaturas na legenda: a do prefeito da cidade de Maricá (RJ) e também vice-presidente do PT, Washington Quaquá, e a do deputado federal Rui Falcão (SP). Além deles, concorrem ao cargo o líder da corrente Articulação de Esquerda, Valter Pomar, e o secretário de Relações Internacionais do partido, Romênio Pereira.

Disputa no PT nacional

O nome de Quaquá surge, inclusive, diante de uma cisão na principal corrente petista, a Construindo um Novo Brasil (CNB), representada por Edinho na campanha do diretório nacional. 

Em postagens na rede social X, ele afirmou a intenção de “garantir a revitalização do partido, processo iniciado com a ex-presidente Gleisi Hoffman”, que sempre mostrou sua lealdade a Lula, segundo o prefeito fluminense. 

Ainda alfinetou o adversário: “Quero um PT popular, dentro das favelas de todo o País. Edinho nunca sujou os sapatos numa comunidade. Não sabe o que é povo. Além disso, não tem condições de unificar o partido e não terá o meu apoio. Quero ser presidente do PT para unir a CNB e o maior partido de esquerda do Hemisfério Sul”.

Já Rui Falcão, segundo o portal CNN, reuniu apoio de 19 dos 66 deputados petistas. Ele já presidiu o partido entre 2011 e 2017.

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