Lula demite comandante do Exército
General Júlio César de Arruda assumiu o cargo em 30 de dezembro de 2022
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou, neste sábado (21), o comandante do Exército, general Júlio César de Arruda. A demissão foi noticiada pelo portal g1.
O substituto será o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, atual comandante militar do Sudeste.
Na sexta-feira (20), antes de ser exonerado, Júlio César participou de uma reunião com Lula, o ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes da Marinha e da Aeronáutica.
A reunião, realizada no Planalto, foi a primeira após Lula defender a punição dos militares envolvidos nos ataques terroristas ocorridos no dia 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Júlio César assumiu interinamente o cargo em 30 de dezembro de 2022 e foi confirmado na posição em 6 de janeiro deste ano.
Antes de ser escolhido como comandante, ele era chefe do departamento de Engenharia e Construção. Júlio César é o mais antigo da tropa.
Quem é Tomás Miguel Ribeiro Paiva?
O general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, de 62 anos, é o novo comandante do Exército Brasileiro. Nascido em São Paulo, ele era Comandante Militar do Sudeste desde 2021.
Paiva ingressou no Exército em 1981, como Aspirante a Oficial da Arma de Infantaria. Durante a vida militar, já foi comandante de companhia de fuzileiros no 7º Batalhão de Infantaria Blindado, no Rio de Janeiro.
Em seu currículo também estão o comando do Batalhão da Guarda Presidencial, da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), da Escola Preparatória de Cadetes do Exército e do Gabinete do Comandante do Exército, em Brasília.
Ele ascendeu ao posto de General de Exército, o mais alto da carreira, em 31 de julho e 2019, integrando o Alto Comando.
Como general, ele também já foi responsável pela chefia do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), no Rio de Janeiro.
Paiva ganhou destaque na última quarta-feira (18), por discurso concedido em cerimônia de homenagem aos oficias mortos do Haiti. O general ressaltou que o Exército é uma instituição apartidária e que os militares devem respeitar o resultado das urnas.
"Ser militar é ser profissional, respeitar a hierarquia e a disciplina. É ser coeso, íntegro, ter espírito de corpo e defender a pátria. É ser uma instituição de Estado, apolítica e apartidária. Não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito”, disse o general.