Legislativo Judiciário Executivo

Jair Bolsonaro é proibido de se comunicar com o filho Eduardo Bolsonaro, conforme o STF

Operação contra o ex-presidente foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 11:30)
Imagem de dois homens na ocasião de um evento, um deles com barba e o outro segurando um microfone, ambos usando ternos formais, simbolizando uma discussão ou debate político.
Legenda: Segundo as investigações, a PF identificou R$ 2 milhões que teriam sido repassados de Jair Bolsonaro ao filho
Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados/Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficará proibido de se comunicar com o filho, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos. A ordem faz parte de operação da Polícia Federal (PF) que cumpriu, na manhã dessa sexta-feira (18), dois mandados de busca e apreensão contra Bolsonaro.

>> Leia a decisão na íntegra

Segundo informações da jornalista Natuza Nery, da GloboNews, um dos motivos da ação policial seria o financiamento reconhecido de Jair a Eduardo, que teria recebido repasse de R$ 2 milhões do pai mesmo fora do Brasil.

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A mesma decisão autorizada por Moraes também impede Bolsonaro de manter contato, online ou presencial, com embaixadores e diplomatas estrangeiros, assim como outros investigados pelo Supremo. Todas as medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Bolsonaro também ficará impedido de sair de casa à noite e aos fins de semana. Ele também terá que utilizar tornozeleira eletrônica e não terá acesso às redes sociais.

Ainda durante as buscas da PF, foram encontrados pelo menos US$ 14 mil e R$ 2 mil na residência de Bolsonaro. A informação foi confirmada pela emissora GloboNews. As buscas e a contagem do dinheiro são executadas nesta manhã.

Ação da PF segue parecer favorável da PGR

Segundo o jornal Folha de São Paulo, a operação da PF contra Jair Bolsonaro cumpre medidas cautelares ordenadas por Moraes com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Nesta semana, o mesmo órgão apresentou ao STF o pedido de condenação do antigo chefe de Estado. A PGR afirmou que Bolsonaro liderou a trama antidemocrática e deve ser sentenciado por pelo menos cinco crimes, com penas que, se somadas, podem resultar em mais de 43 anos de prisão.

No fim de março, a Primeira Turma do STF tornou réus Bolsonaro e outros sete acusados de integrar o núcleo central da trama golpista de 2022.

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