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Governo adota cautela sobre contato entre Lula e Trump; conversa pode ocorrer em país neutro

Na avaliação de assessores do petista, a conversa por telefone ou vídeo reduz riscos de imprevistos diplomáticos

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 11:52)
Lula discursou na abertura da Assembleia Geral da ONU e defendeu reforma da instituição
Legenda: Lula discursou na abertura da Assembleia Geral da ONU
Foto: Ricardo Stuckert / PR

Anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, o encontro com o presidente Lula (PT) é planejado de forma cautelosa pelo governo brasileiro. Interlocutores do petista estudam que o contato ocorra por meio de telefonema ou videoconferência.

Só após essa primeira conversa, haveria então um encontro presencial, com possibilidade de ocorrer em um terceiro País. As informações foram divulgadas neste domingo (28) pelo g1.

De acordo com a reportagem, integrantes do Palácio do Planalto e do Itamaraty confirmam que a conversa entre os dois presidentes ainda está em fase de planejamento.

Na avaliação de assessores do petista, a conversa por telefone ou vídeo reduz riscos de imprevistos diplomáticos. Outra vantagem desses formatos é que eles exigem uma logística menor, o que poderia acelerar a conversa entre os dois.

Já para o encontro presencial, avalia-se a realização em um país “neutro”, sem tensões com nenhum dos lados. Essa possibilidade já tem sido debatida internamente por integrantes do governo.

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Inclusive, em outubro, Lula e Trump devem cumprir agenda na cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia.

Cautela

Marcada por tensão desde a campanha de Trump, a relação entre o presidente norte-americano e o brasileiro foi se deteriorando ao longo deste ano. O momento mais crítico envolveu o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros comercializados nos EUA.

Contudo, na ONU, a possibilidade de diálogo ressurgiu após um breve contato entre Lula e Trump, quando ambos fizeram um gesto de aproximação e anunciaram que conversariam “na semana seguinte”. O americano mencionou que pretende debater tarifas impostas ao Brasil.

Conforme informações colhidas pelo g1, interlocutores do governo do PT recomendam cautela. Há receio de que Trump possa mudar de postura conforme fatores internos nos EUA, o que poderia gerar constrangimentos ou choques inesperados no curso das conversas.

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