Em debate para governador do Ceará, PontoPoder discute propostas de candidatos; veja como foi

Os três candidatos ao Governo do Ceará que detêm representação no Congresso Nacional estiveram frente a frente para discutir os principais assuntos de interesse dos cearenses. O encontro entre Capitão Wagner, Elmano de Freitas e Roberto Claudio ocorreu no Debate PontoPoder, promovido pelo Sistema Verdes Mares.

A transmissão foi realizada simultaneamente pela TV Diário, Verdinha e YouTube do Diário do Nordeste. O formato do debate foi pensado para estimular o confronto de ideias.

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Veja o que ocorreu

O debate com quatro blocos teve como mediador o colunista de política do SVM, Inácio Aguiar.

Primeiro bloco do debate

Conforme definido em sorteio, a primeira pergunta foi feita pelo candidato Elmano de Freitas (PT). Ele escolheu indagar o candidato Capitão Wagner (União Brasil) sobre transporte público, citando a proposta de garantir passagem gratuita na Região Metropolitana de Fortaleza.

Capitão Wagner disse que pretende "fazer bem mais que garantir com a passagem gratuita" e quer "garantir a isenção do pagamento do IPVA para os cearenses", citando na sequência que a medida seria para motocicletas de até 170 cilindradas.

Na réplica, Elmano reforçou que com a medida da passagem na Região Metropolitana deve haver economia para as pessoas mais pobres.

Wagner, na tréplica, rebateu afirmando que com o valor de investimento indicado por Elmano "apenas 42 mil pessoas podem fazer o transporte [gratuito]" e indicou que o candidato converse com a equipe econômica da campanha por dizer "que vai garantir esse acesso".

Na segunda rodada de perguntas, Capitão Wagner perguntou a Roberto Cláudio (PDT) sobre geração de emprego, citando que defende a capacitação tecnológica.

Roberto Claudio reconheceu que "esse fato é um desafio muito grande". "A primeira tarefa é a oportunidade do emprego com a capacidade de uma rede estadual de capacitação". E citou que pretende retomar obras públicas paradas, com um novo ciclo de industrialização de fábricas no interior, e fortalecer a agricultura familiar.

Wagner respondeu que "o estado do Ceará tem quase 700 mil jovens que nem estudam e nem trabalham. Infelizmente, 63% desses jovens são mulheres" e afirmou que defende "uma parceria entre as escolas profissionalizantes e também entre sistema e a toda instituição que queria nos ajudar nessa capacitação tecnológica".

Na terceira rodada, Roberto Claudio perguntou a Elmano qual a proposta do candidato para o combate à fome. Elmano respondeu que combate à fome "é absoluta prioridade em todos os governos do PT" e citou que planeja "avançar no [programa] Mais Infância", dobrando o número de atendidos "para 300 mil". "Meu orgulho é dizer que nenhuma criança vai passar fome".

Na quarta rodada, Elmano perguntou a Roberto Claudio sobre a proposta dele em relação ao hospital do câncer. Roberto respondeu dizendo estar preparado por ter feito "doutorado em saúde pública". "Tem muita gente morrendo no meio do caminhoo [entre o interior e Fortaleza]. Quero fazer um hospital do câncer simples, com radioterapia, pequenas cirurgias, para dar sustentabilidade".

Elmano respondeu citando os hospitais regionais e afirmando que colocará "o tratamento de câncer nos hospitais regionais, usar a estrutura que já existe".

Na quinta rodada, Roberto Cláudio perguntou a Capitão Wagner sobre saúde, afirmando que quer lançar o programa Cuida Ceará, para reduzir para 60 dias o tempo entre diagnóstico e tratamento. Wagner respondeu dizendo que "o grupo que eles representam teve 16 anos para entregar hospitais regionais. Entregaram 4 e apenas 2 funcionam bem. No nosso governo de fato vamos fazer funcionar [...]  Nosso objetivo é fazer funcionar os equipamentos que já existem", afirmou.

Roberto Claudio respondeu afirmando que não ia "perder tempo com pequena provocação" e reforçou a proposta sobre o projeto Cuida Ceará. "Queremos hospitais de pequeno e médio porte com bom funcionamento".

Na sexta rodada do bloco, Capitão Wagner perguntou a Elmano sobre saúde no Interior. Elmano respondeu que busca "continuar e ampliar a interiorização da saúde". "Queremos que todas as especialidades se resolvam nos hospitais regionais", disse. Wagner replicou informando que deseja "contratar pediatras para garantir em todas as UPAs e policlínicas que tenhamos pediatras".

Segundo bloco do debate

No segundo bloco, editores do Sistema Verdes Mares perguntam aos candidatos. A ordem dos temas e os candidatos foram sorteados pelo mediador Inácio Aguiar. O primeiro tema foi Cultura, e a editora da área, Lorena Cardoso, indagou Capitão Wagner.

A jornalista indica que apesar de ter um orçamento reduzido em relação a outras pastas, a Cultura é capaz de movimentar a economia e transformar vidas, e questionou “em um eventual mandato, de que forma o candidato pretende levar para o Interior do Estado políticas e equipamentos culturais".

Capitão Wagner destacou que a “cadeia produtiva que existe por trás do movimento cultural é gigantesca. A gente tem o Cariri como referência de Região do Estado do Ceará que tem um movimento cultural muito forte, além do turismo religioso, que gera uma série de oportunidades”. A ideia, diz ele, “é aproveitar o espaço do Centro de Eventos para criar nesse espaço o Museu de Arqueologia e também de História Natural, para aproveitar um corredor cultural, um corredor educacional a partir da própria Unifor”.

Lorena questionou sobre como ocorrerá essa valorização, de forma aplicada. Wagner indicou que manterá a promoção de editais. "Tem que dar transparência ampla para que todos os artistas possam participar e que não tenha panelinha como sempre acontece. Essa história de contratar artista de fora e pagar antecipado não vai acontecer”.

Na segunda rodada, o editor de Economia, Victor Ximenes, questionou o candidato Roberto Cláudio sobre enxugamento da máquina pública e o que é possível fazer.

Roberto Cláudio indicou que “o que dá certo é todo dia olhar para a conta do governo, saber onde está se gastando mais ou menos, cortar ineficiências, estabelecer prioridades, gastar naquilo que mais precisa”. O candidato destacou a experiência que tem como gestor e se caracterizou como “diferente dos demais candidatos”.

Na terceira rodada, o editor de Segurança, Emerson Rodrigues, questionou Elmano de Freitas sobre o combate à violência, indicando que o PT, durante os 8 anos, teve como foco principal ampliar o policiamento ostensivo, como o Raio. Ele indagou que se a política de segurança em um eventual Governo petista, vai mudar ou seguirá os rumos do governo anterior.

Elmano respondeu que vai continuar conciliando reforço das forças de segurança com política de ampliação. “Eu vou ampliar os Batalhões do Raio para todo o Estado do Ceará, vou ampliar as delegacias 24 horas. Vou colocar pra funcionar o CIP, o mais moderno. Vamos ter a inteligência mais organizada do Ceará”.

Na quarta rodada, a editora de Política, Jéssica Welma, questionou Capitão Wagner sobre sua própria trajetória política e as diversas alianças.

O candidato indicou que é uma “demonstração de capacidade de dialogar com quem quer que seja presidente”. Ele também indicou que vai dialogar “com todos os prefeitos, independente do partido”. Ele também ressaltou que “não saber o que vai dar no cenário nacional, mas seja qual for o presidente estarei no aeroporto para receber o presidente, a gente tem obrigação de receber colocar qualquer posição ideológica em segundo plano”.

Na quinta rodada, a editora de Esporte, Denise Santiago, questionou Roberto Cláudio sobre iniciativas na área esportiva e os investimentos no setor. 

Roberto Cláudio atacou a gestão petista e disse que “o governo falhou em colocar para funcionar o Centro de Formação Olímpica”. Segundo ele, foram 8 anos parados. Ele disse ainda que CFO e Castelão, podem ser “objetos de parcerias privadas”. Ele indicou que pretende democratizar o acesso ao esporte no interior. “Eu criei as areninhas em Fortaleza. Uma ideia vitoriosa. Quero levar essas areninhas para o interior, agregar valor a elas”, completou. 

Na sexta e última rodada do bloco, a editora de Cotidiano, Dahiana Araújo, questionou sobre as demandas na saúde, sobretudo, no que diz respeito às ações na saúde mental. A pergunta foi direcionada a Elmano de Freitas sobre o que ele pretende fazer. 

O candidato disse que a saúde mental é “uma grande preocupação, especialmente após a pandemia” e completou “Nas escolas, na sociedade, com as crianças, nós temos uma demanda crescente em saúde mental. Eu quero da mesma maneira, nos hospitais regionais, nós termos psiquiatras para poder fazer esse atendimento, até para alguma situação que precise de internação de curto prazo”.

Elmano também disse que pretende fazer parcerias com os municípios para uma rede de saúde mental municipalizada. Outro ponto, indicou Elmano, é  zerar a fila de cirurgias no Ceará em um grande mutirão. “Quero construir mais três hospitais polos regionais. Um no Centro-Sul, um no Sertão de Crateús-Inhamuns e um no Maciço de Baturité”. Ele também indicou que nas escolas é preciso ter núcleos de apoio psicológicos.

Terceiro bloco do debate

O terceiro bloco do debate começou com o candidato Capitão Wagner perguntando a Roberto Claudio. A pergunta foi sobre denúncia "de uso de máquina pública para comprar prefeitos, comprar votos e garantir apoio nesta eleição" e questionou "o que de fato e de concreto existe sobre [essa] denúncia grave".

Roberto Claudio respondeu dizendo ser este é "um fato lamentável" e definiu como "desespero pelo poder". "Infelizmente uma denúncia feita pela nossa coligação foi acatada pela Justiça Eleitoral" para "identificar que esses municipios receberam aditivo de recuso público. É batom na cueca. Aracati que resolveu me apoiar, foi cortado obras, recursos e convênios", disse.

Na réplica, Wagner afirmou ser esta "uma denúncia muito grave". "Nós não só não vamos perseguir prefeitos nem vereadores", disse. Roberto Claudio finalizou dizendo "vamos aguardar a justiça".

O candidato Elmano de Freitas solicitou e obteve um direito de resposta, no qual "lamentou demais" as falas de Roberto Claudio. "Nunca imaginei ver o candidato Roberto Claudio numa combinação de pergunta e resposta com o candidato Capitão Wagner. Não é verdade que a Justiça Eleitoral acatou a denúncia cheia de mentira dos advogados de campanha do Roberto Claudio", afirmou. E disse que a "vontade de poder" de Roberto Claudio o fez "atacar a governadora Izolda". "Para com isso", disse.

Na segunda pergunta, Roberto Claudio indagou Elmano de Freitas sobre energias renováveis. Elmano indicou que o Ceará tem uma grande oportunidade com energia renovável e solar, mas que, primeiro, espera que tenhamos “Minha Casa Minha Vida” de volta no Estado. Ele afirma que, se eleito, a população beneficiária do programa de habitação não vai pagar a conta de luz. Além disso, disse que quem está no interior, em um eventual governo, poderia vender energia solar para empresas que vão montar usinas na região. Para isso, indica que pretende fazer parcerias com Banco do Brasil e Banco do Nordeste.   

Roberto Cláudio volta à questão sobre supostos convênios suspeitos. Diz que “Elmano confunde gratidão com cabresto” e acrescenta “que não tem história de cabresto, que não foi denunciado por legalidade e acusa Elmano de ser réu por uso da máquina pública.  

Elmano replica afirmando não ter “nenhum processo”. Ele diz que o único processo em seu nome foi para denunciar o irmão de Roberto Cláudio. Elmano afirma que os advogados de Roberto mentiram sobre os documentos entregues à Justiça.

Na terceira rodada, Elmano de Freitas perguntou a Capitão Wagner sobre o posicionamento no motim de policiais militares no Ceará em 2020. 

Elmano de Freitas atacou Wagner dizendo que ele liderou o motim de 2020. “Você deixou o povo do Ceará aterrorizado com as suas ações e liderança e você diz agora que mudou de ideia”. Ele questionou se Wagner teria se arrependido do motim e qual o posicionamento sobre a anistia aos policiais que participaram.

Na resposta, Capitão Wagner disse que não é com “radicalismo e ódio que a gente vai avançar nesse debate” e sem responder diretamente sobre o motim, indicou que, em um eventual governo, “terá fórum permanente de negociação com os servidores da saúde, com os servidores da educação, com os servidores da segurança pública”.

Ele também enfatizou aos servidores da segurança que eles “não mais serão perseguidos e vão poder trabalhar em paz. Abrem na Assembleia investigação contra policiais, mas contra político não tem”, completou.

Elmano de Freitas retrucou que Wagner não respondeu sobre a anistia aos policiais. “Sabe por quê? Porque o grupo liderado pelo Capitão Wagner, quando foi votar a proibição de anistia, o grupo dele votou contra, defendeu a impunidade aos policiais que lhe aterrorizaram”.

Já Wagner disse que Elmano esqueceu que em 2012, ele (Elmano) levou Wagner ao Governo Federal para garantir a anistia dos policiais daquele movimento. “Reflita, porque lá em 2012 você estava apoiando esses policiais porque viu eles serem perseguidos pelo governo e agora está com posicionamento diferente por conta da eleição”, acrescentou.

Na quarta rodada Capitão Wagner perguntou a Elmano de Freitas sobre geração de renda para as mulheres. Capitão Wagner diz que mais da metade das famílias cearenses são chefiadas por mulheres, mas infelizmente, as políticas de atendimento a esta população “são muito tímidas no Estado” e questionou o que o candidato pretende fazer para ampliar as políticas para este público.

Elmano destacou que tem orgulho de ter aprovado uma lei para as mulheres que são vítimas de violência doméstica, indicando que a norma garante vagas terceirizadas no Estado. Além disso, apontou que, se eleito, irá construir 3 equipamentos do tipo em diferentes Regiões. “Quero terminar meu governo com 10 casas da mulher cearense”.

Na réplica, Capitão Wagner indicou que tem acompanhado mulheres que têm dificuldade em conseguir emprego e ter assegurado o direito a creches. “No nosso Governo vamos fazer parceria com creches. Ampliar para 14 casas da Mulher Cearense, vamos ter capacitação profissional.

Na quinta rodada, Elmano de Freitas perguntou a Roberto Cláudio sobre a avaliação do candidato acerca das políticas de inclusão social e o Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop). 

Roberto Cláudio indicou que “se o Fecop estivesse sendo bem utilizado, o Ceará não seria o último colocado em segurança alimentar. Eu também fiz um cartão de renda para a infância, mas quem pagava era a Funci, o órgão que cuida da infância, eu fiz muitas ações de habitação, esporte, agricultura, urbana, merenda escolar que eram pagas pelas secretarias”.

O candidato do PDT reiterou que “o uso do Fecop não está sendo correto, está difuso e atuando em áreas que a própria secretaria deveria financiar”. Em um eventual governo, ele promete fazer uso mais direcionado do Fundo.

Elmano respondeu que Roberto Cláudio sempre elogiou Camilo e agora critica o uso do Fecop, que, segundo o candidato do PT,  “ajuda 150 mil crianças pobres'. Distribui vale gás para famílias de todos os municípios independente de prefeito, ajuda nas políticas sociais, como o Bolsa Atleta e é pelas secretarias”. 

Na sexta rodada, Roberto Cláudio questionou Capitão Wagner sobre políticas para mulheres.  O candidato do PDT afirmou que as mulheres são mais da metade da população cearense e carecem de muitos direitos e questionou Wagner sobre suas propostas para o tema.

Wagner indicou que pretende fomentar a agricultura, facilitar o trabalho das mulheres do campo na  capacitação, produção, assistência técnica e usar os programas nacionais para formar mulheres e garantir a inserção no mercado de trabalho. Ele também indica que irá garantir vagas em creches para ampliar a condição de acesso das mulheres ao trabalho.

Já Roberto Cláudio destacou que pretende criar 14 bancos da mulher, que, segundo ele. “será mais do que só um banco de microcrédito. É uma central do emprego para a mulher, para qualificar o trabalho, para entender quais são as vocações regionais que existem e vagas que podem ser preenchidas por essa mulher”. Na tréplica, Wagner voltou a dizer que Roberto Cláudio, por 16 anos,  esteve em um grupo que teve oportunidade de garantir essas iniciativas e não fez.

Quarto bloco do debate

O quarto bloco foi dedicado às considerações finais dos três candidatos.

Em ordem definida por sorteio, o primeiro a falar foi o candidato Elmano de Freitas:

"Bem, primeiro eu gostaria de parabenizar o Sistema Verdes Mares por esse momento de debate entre as candidaturas. Lhe parabenizar, Inácio, pela ponderação aqui na mediação. E queria falar com você, meu amigo, minha amiga desse querido Ceará. Eu sou o único candidato desses três que aqui estão que desde cedo trabalho junto e a favor dos mais pobres. Como advogado, depois como deputado, como líder do PT na Assembleia, que aprovei 62 projetos de lei, todos em defesa dos mais humildes. Eu sou como você, que tem opinião de que o governo de Camilo, de Izolda, fizeram muito bem ao estado do Ceará. Mas também como você sabe que ainda falta muita coisa para poder acontecer e melhorar ainda mais sua vida. Isso só é possível com planejamento. Da mesma maneira que foi feito na Educação e hoje tivemos resultado do Ideb e o Ceará é a melhor educação pública do País. E assim quero fazer com a Saúde, eu quero fazer na segurança, eu quero fazer para gerar emprego. Eu quero capacitar nossos jovens, 100 mil jovens [capacitados] na Tecnologia da Informação e da Comunicação, 60 mil como agente ambiental, agente de esporte, agente de cultura. Para assim a gente superar e dar uma perspectiva para a nossa juventude. Crédito para as mulheres, casa da mulher cearense. Ou seja, a oportunidade para a vida do povo melhorar. E essa oportunidade, dia 2 de outubro, é a oportunidade histórica de um Ceará três vezes mais forte, com Lula presidente 13, Elmano governador 13, Camilo Santana senador."

Na sequência, falou Capitão Wagner:

"Inácio, [quero] agradecer você, agradecer a TV Diário e ao Diário do Nordeste pela oportunidade, e olhar aqui no olho do cearense para agradecer pelo carinho. Nos 184 municípios que eu andei, visitei — sou o único que esteve presencialmente em todas as cidades do estado do Ceará — e eu tenho sido acolhido com muito carinho. Nesse momento a gente tem que entender que na cadeira de governador não cabe o ódio, não cabe a perseguição, não cabe a ideologia. O radicalismo não é o caminho para governar em canto nenhum, muito menos aqui no estado do Ceará. A gente tem que lembrar que o padrinho político está aqui na campanha, vai aparecer na TV, vai estar pedindo voto para seu apadrinhado, mas passada a eleição ele vai embora, e se o governador for fraco quem vai sofrer é você. A gente precisa de um governador pulso firme para cuidar não só do autista, mas de toda a família com crianças com autismo. A gente precisa de um governador com pulso firme para colocar a casa em ordem. A gente vai implementar 6 centros de inteligência antifacção, um em cada de região do Ceará. Para você que hoje, quando é pesquisado em quem vai votar, não consegue sequer dizer a opção que você vai votar para governador. Eu quero ser o governador da inclusão junto com Kamila Cardoso, a nossa candidata ao senado, 700, para quem eu queria pedir uma oportunidade. Eu quero ser o governador dos mais carentes do estado do Ceará, especialmente do homem do campo que nos assiste neste momento. Queria dizer a cada cearense que nesse momento nos assiste da satisfação e da gratidão que eu tenho por tudo que a gente tem conquistado até aqui. Dia 2, 44, Capitão Wagner."

Encerrando as considerações finais, quem falou foi Roberto Cláudio:

"Estou tendo o privilégio de estar nessa jornada acompanhado de Domingos Filho, meu vice, Erika Amorim, candidata ao Senado. Vim pedir sua confiança e seu voto para ser o seu governador, que vai gerar 600 mil empregos em 4 anos, que vai ampliar a educação em tempo integral. Para ser o governador que vai fazer 5 hospitais regionais de câncer e fazer o Cuida Ceará para reduzir para 60 dias o tempo entre diagnóstico e tratamento. Para olhar para as mulheres e a juventude desempregada, ajudar o povo mais pobre a pagar sua conta de luz com recursos do próprio governo, criados de forma criativa com projeto de energia solar. Há 3 candidatos, mas há dois caminhos para escolha, um da experiência e segurança de quem fez e aprendeu a governar e outro da falta de experiênca e da falta de preparo para governar. Eu quero ser o candidato que vai dar confiança e seguraça que o Ceará não vai ter retrocesso, vai ter, sim, avanço. Um ciclo novo de prosperidade e ideas novas, de gente nova, prática política nova. Vim pedir o voto a candidato a presidente Ciro Gomes e para gente unir o Ceará e fazer história."

Chegada dos candidatos

Elmano de Freitas foi o primeiro a chegar ao debate, às 17h20. O candidato petista falou que este terceiro encontro é mais um momento “para defender nossas ideais, projetos e o que nós estamos propondo nos desafios para o Estado do Ceará na área da educação, na área da saúde e para gerar emprego para o nosso povo”.  

O candidato Roberto Cláudio foi o segundo a chegar, às 17h30. Ele comentou ser esta “mais uma oportunidade para aprofundar o debate democrático do futuro do Ceará”. “Quero poder apresentar propostas minhas, ideias, eventualmente, também distinções de pensamentos entre eu e os demais candidatos".

Capitão Wagner chegou às 17h35. Ele declarou tranquilidade e reiterou que a campanha é “do diálogo e da união”. De acordo com ele, “em nenhum momento o eleitor vai se interessar por quem mais ataca e sim por quem mais tem propostas e por quem mais está mais preocupado de fato com o cearense”.

Regras

Ao todo, o encontro terá quatro blocos. Durante o primeiro e terceiro, candidato pergunta para candidato com temas livres. Todos terão a oportunidade de fazer duas perguntas e responder duas. 

No segundo bloco, os jornalistas e editorees Emerson Rodrigues, Dahiana Araújo, Jéssica Welma, Victor Ximenes, Lorena Cardoso e Denise Santiago, especialistas nas áreas de segurança, saúde, política, economia, cultura e esporte, respectivamente, fazem perguntas aos candidatos com sorteios dos temas. 

O último bloco é de considerações finais.

O estúdio do Debate PontoPoder vai permitir que os candidatos, quando estiverem confrontando os adversários, fiquem um de frente para o outro para perguntar e responder aos questionamentos.

ANÁLISE DO DEBATE

Logo que o Debate PontoPoder for encerrado, por volta das 19h25, os jornalistas William Santos, Jéssica Welma e Wagner Mendes irão comentar os principais momentos do embate entre os candidatos.

Os comentários ocorrerão diretamente dos estúdios do Sinergia, também com transmissão simultânea da TV Diário, Verdinha e YouTube do Diário do Nordeste.