Disputa na oposição se intensifica para definir pré-candidato ao Senado na chapa de Capitão Wagner
Ao menos dois partidos alinhados à direita fazem movimentos públicos para lançar nomes à vaga
Pelo menos quatro nomes rondam o pré-candidato a governador, Capitão Wagner (União Brasil), para a composição da chapa ao Senado. Com o ex-governador Camilo Santana (PT) estabelecido como pré-candidato pela base aliada, a oposição ainda discute internamente quem vai disputar os votos com o petista pela única vaga de senador.
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O PL, que estuda lançar o ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos como candidato ao Executivo estadual, trabalha com pelo menos dois nomes para o Senado: o empresário José Alberto Bardawil e o vereador Inspetor Alberto.
Capitão Wagner, porém, ainda acredita na possibilidade de agregar o PL já no primeiro turno. Caso as movimentações se confirmem nessa direção, Raimundo Matos também surge como uma opção ao Congresso Nacional.
Apesar da aproximação ideológica, esses nomes não garantem que terão apoio do Capitão Wagner até o momento. Procurado através de assessoria para comentar a movimentação, o deputado licenciado não respondeu aos questionamentos até a publicação da reportagem.
PL aguarda indicação dos líderes
No último dia 7 de abril, o empresário cearense José Alberto Bardawil publicou em suas redes sociais um vídeo ao lado do presidente nacional do PL, o ex-deputado Valdemar da Costa Neto, se colocando como pré-candidato.
Nas imagens, o líder do centrão diz estar “feliz” em anunciar a pré-candidatura, e dá boas-vindas ao empresário. Bardawil foi candidato ao cargo em 2018 pelo Podemos, mas renunciou antes do dia da eleição.
Dentro do PL, no entanto, há ainda outros nomes postos no potencial disputa. O vereador de Fortaleza Inspetor Alberto (PL) também admite pré-candidatura. A assessoria do parlamentar destaca, no entanto, que ainda não há uma definição oficial na sigla.
Isso porque interlocutores acreditam que o candidato ao senado pelo PL no Ceará será indicado diretamente por Jair Bolsonaro, em comum acordo com Valdemar da Costa Neto e o presidente estadual da sigla, Acilon Gonçalves.
Nas tratativas internas de bastidor, membros do PL acreditam ainda que o “candidato oficial” do PL aparecerá em um vídeo gravado ao lado do Presidente da República.
A aliança de 20 anos com os irmãos Ciro e Cid Gomes (PDT) com Acilon Gonçalves, no entanto, pode estar perto do fim. O presidente do PL estadual reafirma os planos de apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e tem reforçado o palanque para o atual presidente no Ceará.
Articulação do Avante
Na base do Capitão Wagner, o Avante tambem faz movimentos internos para cravar um candidato ao Senado. Na pré-candidatura, o presidente estadual da sigla, ex-deputado Tomaz Holanda, admite que o ex-vereador de Fortaleza Marcelo Mendes é o nome cotado.
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De acordo com Holanda, "já há entendimento em Brasília em torno do nome de Marcelo, inclusive com o pré-candidato à Presidência da República, André Janones e o presidente nacional, Luís Tibé".
Na sessão da última quinta-feira (21) na Câmara Municipal de Fortaleza, Mendes recebeu apoio do vereador Dudu Diógenes (União Brasil) na tribuna da Casa. O parlamentar, ao discursar, destacou o antagonismo entre a pré-candidatura do Avante com a do Partido dos Trabalhadores.
Oposição à esquerda
Na oposição à esquerda, o Psol defende que “o debate está aberto”, e que poderá compor alianças com Unidade Popular (UP) e PCB. Nesse espectro, a UP tem decisão na executiva para lançar candidato.