Cobertura onde Collor cumpre prisão domiciliar vale R$ 9 mi, tem vista para o mar, piscina e 600m²
Ex-presidente deixou a prisão na última quinta-feira (1º) após decisão do Supremo Tribunal Federal
Muito luxo na cobertura duplex que servirá de prisão domiciliar ao ex-presidente Fernando Collor de Mello. O político deixou a prisão na última quinta-feira (1º) após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ficará em uma grandiosa mansão.
São 600 metros quadrados com vista para o mar de Maceió, incluindo piscina privativa, bar, quatro suítes e um quarto de empregada. Os atributos fizeram o apartamento, localizado no 6° andar do Edifício Residencial Chateau Larousse, na Avenida Álvaro Otacílio, área nobre do bairro Jatiúca, ser avaliado em R$ 9 milhões, conforme a Justiça do Trabalho de Alagoas. As informações são do g1.
O condomínio oferece ainda cinco vagas de garagem para estacionamento de veículos de passeio de porte médio. Além disso, de acordo com as informações do processo, o imóvel tem um primeiro pavimento generoso, com:
- Varanda
- Sala de estar
- Gabinete
- Galeria
- Sala de jantar
- Lavabo
- Adega
- Espaço para circulação
- Um espaço de estar íntimo (ideal para atividades relaxantes)
- Três suítes (sendo uma máster)
- Rouparia
- Despensa
- Copa/cozinha
- Área de serviço
- Depósito
- Quarto de empregada com banheiro
Uma informação adicional é que também há uma escada com acesso ao pavimento superior, onde Collor, condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção e outros crimes investigados na Lava Jato, tem à disposição mais uma suíte, outro ambiente de estar íntimo, piscina, dois terraços (um coberto e outro descoberto), jardineiras, bar e dois banheiros.
Imóvel penhorado
O imóvel foi penhorado em novembro de 2024 para servir de garantia para pagar uma dívida trabalhista de R$ 264 mil com um ex-funcionário da TV Mar, empresa que faz parte do grupo de mídia ligado a Collor.
Além desse imóvel em Maceió, Collor já teve uma mansão penhorada em Campos do Jordão, também para garantir o pagamento de uma dívida trabalhista.
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Há três anos, quando foi candidato ao governo de Alagoas, o apartamento não constava na declaração de bens à Justiça Eleitoral. Já em 2018, sim. Ele estava avaliado em R$ 1,8 milhão, e foi declarado como adquirido em 2006.
O apartamento ficará penhorado até fevereiro de 2028, quando todas as parcelas do acordo trabalhista forem pagas. Em caso de descumprimento, poderá ir a leilão.
Restrições na prisão
Antes de chegar ao atual apartamento de luxo, Collor estava detido em uma cela especial em Alagoas, seu estado de origem, desde 26 de abril, quando Moraes determinou o início do cumprimento da pena após o trânsito em julgado.
Aos 75 anos, o ex-presidente usará tornozeleira eletrônica e terá a visitação restrita a advogados. Também está proibido de deixar o país e teve os passaportes suspensos.
A mudança de regime foi autorizada após a defesa comprovar, com mais de 130 exames, que Collor tem Parkinson desde 2019 e sofre de outras comorbidades, como privação crônica de sono e transtorno bipolar.