Legislativo Judiciário Executivo

Ceará deve receber R$ 17,7 bilhões para Bolsa Família e BPC neste ano, diz ministro Wellington Dias

Titular da pasta de Desenvolvimento Social, ele participa de evento do governo estadual em Fortaleza nesta sexta (16)

Escrito por Alessandra Castro, Luana Barros ,
Wellington Dias
Legenda: Ministro Wellington Dias participou de solenidade de entrega dos cartões-alimentação do programa "Ceará sem Fome"
Foto: Kid Jr.

O ministro de Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), afirmou que o Ceará deve receber R$ 12,5 bilhões para o Bolsa Família e mais R$ 5,2 bilhões para o Benefício de Prestação Continuada, também conhecido como BPC.

Dias está em Fortaleza, nesta sexta-feira (16), para a solenidade de entrega dos cartões-alimentação do Programa "Ceará sem Fome", do Governo do Ceará. Também participaram da solenidade o governador Elmano de Freitas (PT), a senadora Augusta Brito (PT) e o líder do Governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT), além de secretários de Estado e prefeitos cearenses. 

"Estamos liberando este ano, só para o Ceará, R$ 12,5 bilhões só do Bolsa Família. Vamos botar, na economia do Ceará, além desses R$ 12,5 bilhões do Bolsa Família, mais R$ 5,2 bilhões para o Benefício da Prestação Continuada, por exemplo, para pessoas com deficiência. Vamos colocar nas mãos de milhares de pessoas nos 184 municípios, mais 450 milhões de reais do Auxílio-Gás que o Congresso acabou de aprovar também, renovando"
Wellington Dias
Ministro do Desenvolvimento Social

Segundo o ministro, atualmente cerca de 2,5 milhões de famílias são atendidas pelo Bolsa Família no Ceará - o equivalente a 5,7 milhões de cearenses. Ao benefício federal, vem se aliar agora o auxílio de R$ 300 mensais entregue pelo governo estadual, algo que, na avaliação de Dias, pode "estimular todo o Brasil".

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"A sensibilidade e o compromisso do governador - isso também já aconteceu antes com o governador Camilo (Santana, PT), com o governador Cid (Gomes, PDT)  - garante agora que o Ceará, nesta largada, já tenha um patamar de pessoas que saem da extrema pobreza maior. (...) Então eu comemoro porque o Ceará está dando um passo primeiro e, a partir daí, estimulando todo o Brasil", disse.

No discurso, o ministro apontou o fato de que o Brasil tinha "derrubado a fome no começo do século, agora subiu". Ele afirmou que dados apontam que, pelo menos, 33 milhões de brasileiros estão "com fome". "Imagine quem, nesse horário, não tem a certeza do almoço, nem do café da manhã e da janta". 

"Aqui não é só um ato para o Ceará, aqui é um ato para o Brasil. O desafio é esse: Ceará sem fome, Brasil sem fome", disse. Durante a coletiva de imprensa, ele aproveitou para dizer que o presidente Lula "pediu para dizer aqui ao povo do Ceará que o governador não está só. Nós vamos trabalhar juntos, porque é junto que a gente faz mais". 

Parceria com o governo federal 

Dias aproveitou para ressaltar os programas federais que atendem famílias no estado, principalmente o Bolsa Família - que alcança 2,5 milhões de famílias cearenses, segundo o ministro. Ele ressaltou ainda o lançamento de outras iniciativas pelo governo federal que devem contribuir para "trazer dignidade" e contribuir para "a inclusão socioeconômica".

Entre os citados, estão os programas "Minhas Casa, Minha Vida", já lançado pelo presidente Lula, e outros que devem ser implementados "nos próximos dias", segundo Dias, como o "Água para todos", o "Luz para Todos" e o "Internet Brasil". 

O ministro afirmou ainda que, para além da transferência de renda, a intenção é contribuir para a geração de emprego e renda, com foco nas pessoas cadastradas no CadÚnico, onde estão registradas famílias de baixa renda e em situação de vulnerabilidade. 

"A gente trabalha também, combinados municípios, estados e governo nacional, para gerar emprego, fazer crescer a renda e olhar para o Cadastro único, qualificar pessoas no cadastro único e garantir que, nas oportunidades que surgem, a gente priorize quem está no Bolsa Família, quem está no cadastro único, seja com emprego, seja com empreendedorismo", ressaltou. 

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