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Capitão Wagner diz estar "preocupado com extremismos" e promete "discurso de paz" na disputa de 2022

Em evento do União Brasil em Russas, ele disse ainda que, se eleito, não vai morar no Palácio da Abolição

Escrito por Luana Severo , luana.severo@svm.com.brb
O pré-candidato ao Governo do Ceará, Capitão Wagner, discursando. Ele está de terno azul e, por baixo, uma camiseta com a logo do partido União Brasil. Apoiadores estão ao seu lado.
Legenda: Capitão Wagner discursou para apoiadores e lideranças políticas em evento do União Brasil em Russas, no interior do Ceará.
Foto: Fabiane de Paula

Pré-candidato ao Governo do Ceará, o deputado federal licenciado Capitão Wagner (União Brasil) realizou evento do partido na cidade de Russas, na região do Vale do Jaguaribe, neste sábado (14), no qual pregou tom de harmonia para a campanha eleitoral de 2022.

"Do lado de lá, eles praticam o ódio dizendo que o nosso discurso é de ódio. Nosso discurso é de paz", afirmou o ex-deputado federal, em referência ao grupo político adversário, liderado pelos irmãos Cid e Ciro Gomes (ambos do PDT) e pelo ex-governador Camilo Santana (PT).

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Wagner também fez menção aos recentes conflitos entre o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e o Partido dos Trabalhadores (PT), provocados por ataques do ex-ministro e pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), aos aliados.

Sabe qual a maior raiva de um político raivoso, ignorante, que quer brigar? Encontrar um adversário que quer paz. (...) 'Cês vão endoidar, brigar entre vocês. Aqui não tem briga, não. Aqui tem é paz". 
Capitão Wagner (União Brasil)
Pré-candidato ao Governo do Ceará

A fala de Wagner acontece um dia após o pré-candidato do PDT, o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, fazer críticas, em evento na cidade de Tauá, a adversários, dizendo que fazem "política do enfrentamento".

"Do outro lado, minha gente, tem um cara que representa a expressão mais radical, mais tosca, desse sentimento que resolveram de chamar de 'bolsonarismo'. Nem quero personalizar tanto no Bolsonaro, mas nesse sentimento de raiva, de ódio, de entender que a política é feita para agredir, pra atacar e não para construir", disse Roberto Cláudio, em vídeo compartilhado nas redes sociais do pedetista.

"Preocupado com extremismo"

No encontro com apoiadores e lideranças do União Brasil, o ex-deputado federal também afirmou que está "muito preocupado com o extremismo" que se anuncia para as eleições deste ano. "Essa eleição é a festa da democracia", disse.

"A gente quer, em outubro, comemorar uma grande festa, a gente não quer ir para velório de ninguém, a gente não quer ir para hospital ver ninguém lesionado. Tenho essa preocupação pelo cenário que se avizinha", pontuou o pré-candidato.

No palanque com Wagner, estiveram políticos como os deputados estaduais Soldado Noélio, Delegado Cavalcante e Fernanda Pessoa , e os deputados federais Moses Rodrigues e Nelho Bezerra, suplente de Wagner em exercício.

Cavalcante foi um dos que, como Wagner, aproveitaram para alfinetar as desavenças internas na base governista: "É um esculhambando o outro". Ele também aproveitou para manifestar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição. "Bolsonaro está enfrentando todo tipo de safadeza que encontrou no Brasil".

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Sem palácio?

Em seu discurso, Wagner fez, ainda, uma promessa inusitada. Disse que, se eleito, não vai morar no Palácio da Abolição, sede do Governo.

"Podem anotar para cobrar: Capitão Wagner não vai morar no palácio que mora o governador. Eu não vou morar. Lá tem 100 funcionários para servir ao governador. É muito luxo", disse o pré-candidato.

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