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Bolsonaro diz ser italiano e que não teria dificuldade de obter cidadania

Ex-presidente está em Orlando, nos Estados Unidos, desde pouco antes do fim do mandato

Escrito por Redação ,
Jair Bolsonaro em coletiva para a imprensa ao lado de um dos filhos
Legenda: Bolsonaro, recentemente, solicitou visto de turismo para permanecer mais tempo nos Estados Unidos.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que segue em Orlando, nos Estados Unidos, desde pouco antes do fim do mandato, em dezembro do ano passado, se afirma italiano devido aos seus avós terem nascido na Itália.

Bolsonaro acredita que, por isso, enfrentaria pouca burocracia para solicitar cidadania à nação italiana. "Pela legislação, eu sou italiano. Tenho avós nascidos na Itália, e a legislação de vocês diz que eu sou italiano. Pouquíssima burocracia e eu teria cidadania plena", afirmou ele a uma repórter do jornal Corriere della Sera.

Em janeiro, o chanceler da Itália, Antonio Tajani, afirmou que o ex-presidente não fez a solicitação de cidadania ao país.

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Filhos também querem ir para a Itália

Em novembro, poucos dias após o segundo turno das eleições gerais, o senador Flávio Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), filhos do ex-presidente, pediram à embaixada italiana em Brasília a abertura de um processo para obter cidadania. À época, questionados pela imprensa, eles negaram que queriam deixar o Brasil.

Bolsonaro embarcou para os Estados Unidos no dia 30 de dezembro, um dia antes de encerrar o mandato.

No início do ano, a previsão era de que o ex-presidente retornasse ao País um mês depois. Contudo, encerrado o prazo do visto diplomático, Bolsonaro solicitou visto de turista para ficar mais tempo em Orlando.

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Investigação sobre plano de golpe

A intenção de Bolsonaro de recorrer à cidadania italiana vem à tona após o ex-presidente ser citado em um suposto plano orquestrado pelo ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) para dar um golpe de Estado e impedir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de assumir o Executivo nacional.

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O plano é investigado no âmbito dos ataques golpistas à Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, e envolve, também, o senador Marcos do Val (Podemos-ES). Também está na mira das investigações o ex-ministro da Justiça e ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.

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