O prefeito de Campos Sales, João Luiz Lima Santos; o ex-prefeito, deputado estadual Moésio Loiola; o secretário de Obras, Wanderson Costa Guedes; e empresários da região foram alvos de uma operação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) deflagrada nesta quinta-feira (5).
A ação, comandada pela Procuradoria de Justiça de Crimes contra a Administração Pública (Procap), com apoio da Polícia Civil, ainda afastou o secretário de Obras por 180 dias por suspeita de superfaturamento de contratos.
Ao todo, a Justiça do Ceará expediu 17 mandados de busca e apreensão para pessoas com endereços em Campos Sales, Fortaleza, Pacajus, Mulungu e Itaitinga. Foram apreendidos aparelhos celulares, computadores e documentos relacionados aos contratos investigados.
O Judiciário também determinou o imediato encerramento dos contratos da Prefeitura com as empresas investigadas, que atuam na prestação de serviços de limpeza pública e transportes em Campos Sales.
O grupo é suspeito de superfaturar contratos de prestação de serviços de limpeza pública e locação de veículos da Prefeitura. Eles também são investigados por suspeita de praticarem os crimes de peculato, falsidades material e ideológica, entre outros.
A investigação da Procap teve início neste ano, a partir de denúncia que relatava gastos excessivos com locação de veículos e limpeza pública. Os proprietários das empresas que executam esses serviços, portanto, foram os principais alvos da ação.
Os investigados
Em entrevista ao Diário do Nordeste, o deputado disse não ter envolvimento com os crimes e agradeceu a operação.
“Foi muito bom ter acontecido, foi ótimo, porque eu não era o alvo e eu não sou o alvo (...) A empresa investigada na atual gestão prestou serviço para a Prefeitura quando eu era prefeito, mas não havia irregularidades, estou pronto para explicar”
“Eu não era ordenador de despesas. Meu primeiro contador já morreu, foi durante a gestão ainda, e meu tesoureiro morreu de Covid-19”, apontou o parlamentar.
Em nota, a Prefeitura de Campos Sales disse que o prefeito João Luiz Lima Santos e o secretário afastado Wanderson Costa Guedes estão cooperando com as investigações.
A Procuradoria do Município informou que irá tomar ciência da investigação para que possa, futuramente, passar novos detalhes quanto à defesa dos envolvidos.