Lula volta a condenar ataques de Israel ao Líbano: 'Matança desnecessária'

O presidente do Brasil frisou novamente que o país deseja ser uma "zona de paz"

Em discurso no Fórum Empresarial México-Brasil, Lula voltou a criticar as ofensivas de Israel contra os grupos Hamas e Hezbollah, na Faixa de Gaza e no Líbano, respectivamente. A declaração ocorreu nesta segunda-feira (30), na Cidade do México. Essa, inclusive, não é a primeira vez que o chefe executivo do Brasil discorda das ações do país israelense

"A guerra é a prova da incapacidade civilizatória de um cidadão, que acha que ele pode, na explicação de que tem que se vingar de um ataque, fazer matança desnecessária com pessoas que não têm nem como se defender", disse. 

O presidente do Brasil ainda frisou que também é contra os conflitos que ocorrem no leste europeu. Lula também falou que guerras não trazem "nenhum benefício" e condenou ataques israelenses que ocorrem no Líbano. 

"É por isso que sou contra, e condeno, o que Israel está fazendo no Líbano agora, atacando e matando pessoas inocentes. Porque só aparecem nos jornais os líderes que eles querem matar, mas as pessoas inocentes que morrem não aparecem", afirmou. 

Lula classificou a matança na Faixa de Gaza como "chacina". "Porque já morreram mais de 41 mil mulheres e crianças. E depois você vai ter que reconstruir o que levou séculos para ser construído", continuou. 

O Brasil, segundo reafirmou Lula, deseja ser uma "zona de paz". Na última semana, o presidente pediu na ONU a revisão do Conselho de Segurança da Organização, criado em 1945. 

Ataques de Israel ao Líbano

Durante o discurso na ONU, o presidente Lula criticou os ataques de Israel ao Líbano. Mais de 700 mortes já foram registradas. Entre as vítimas estão crianças, mulheres e socorristas. Israel afirma que o alvo são integrantes do movimento islamista Hezbollah.

Devido ao cenário de guerra, o Líbano registrou um dos maiores êxodos desde 2006. A agência para refugiados da ONU declarou que mais de 30 mil pessoas do Líbano fugiram para a Síria nos últimos três dias.