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Evento de comunidade católica reúne adversários na disputa pela Prefeitura de Fortaleza

18ª Festa dos Arcanjos aconteceu no bairro do Mondubim

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(Atualizado às 12:33)
Festa dos Arcanjos, Shalom
Legenda: Celebração contou com momento de oração para os candidatos ao Executivo fortalezense.
Foto: Reprodução / Instagram Carlos Matos

Um evento religioso, realizado pela Comunidade Católica Shalom na noite deste domingo (29), no bairro do Mondubim, reuniu representantes de diferentes grupos políticos que disputam a Prefeitura de Fortaleza. A celebração acontece na localidade desde 2006. 

A celebração da 18ª Festa dos Arcanjos contou com a participação de Evandro Leitão (PT) e Capitão Wagner (União) — ambos candidatos a prefeito —, e de Élcio Batista (PSDB), atual vice-prefeito e candidato à reeleição na chapa de José Sarto (PDT); Gabriela Aguiar (PSD), candidata a vice de Evandro; e Acylvânia Pinheiro (PL), candidata a vice na chapa de André Fernandes (PL).

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Além dos políticos envolvidos diretamente na disputa eleitoral, marcaram presença algumas figuras do entorno, como a ex-primeira-dama do Ceará e secretária de Proteção Social do Estado, Onélia Santana; o assessor de Assuntos Institucionais do Governo do Ceará, Walter Cavalcante (PV); o ex-deputado estadual Carlos Matos (União) e o vereador Jorge Pinheiro (PSDB). 

Um momento cívico, com a participação da banda da Polícia Militar do Estado do Ceará (PMCE) também foi promovido. Foram hasteadas nessa oportunidade as bandeiras do Brasil, do Estado, do Município, do Vaticano e dos arcanjos. 

Vídeo a que a reportagem teve acesso mostra que, durante a cerimônia, o padre Antônio Furtado, responsável pela Festa dos Arcanjos, chegou a citar nominalmente cada um dos candidatos que estavam no local. Ao mencionar cada um dos nomes, a plateia reagia com gritos e aplausos.

O episódio aconteceu após uma oração realizada pelo pároco, que dedicou a prece às três divisões federativas. “Oramos pelo estado do Ceará, pela cidade de Fortaleza e pelo nosso Brasil”, disse o religioso.

'Cidadania religiosa'

Consultado pela reportagem, o professor e cientista político Emanuel Freitas, que esteve na ocasião e pesquisa a relação entre religiosidade e política, afirmou que, em específico, essa iniciativa da igreja é comum em anos eleitorais. Segundo ele, “a religião se politizou, passando a falar-se de uma cidadania religiosa”. 

No entendimento do especialista, vem daí o interesse da classe política por eventos como o realizado pela Comunidade Shalom. “A religião passou a atuar como ideologia política, daí o investimento desses políticos em se fazerem presentes nas igrejas, apoiados por lideranças religiosas”, frisou.

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