Preço dos imóveis na área nobre de Fortaleza ultrapassa R$ 12 mil o metro quadrado; veja bairros
Bairros mais caros da Capital estão concentrados sobretudo nas Regionais 2 e 7
O preço médio de imóveis de venda residencial em Fortaleza atingiu, no segundo semestre de 2024, R$ 10.360 o metro quadrado (m²). O valor, no entanto, é abaixo do praticado na área nobre da cidade. Ao todo, sete bairros despontam como os mais caros da Capital, e as cifras médias nesses locais ultrapassam os R$ 12 mil/m².
Os valores foram apontados no levantamento trimestral do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), feito em parceria com a Brain Inteligência Estratégica. Foram analisados 188 lançamentos imobiliários em Fortaleza nos mais diferentes bairros da cidade, e o Meireles desponta como o mais caro.
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Relacionado à área nobre da Capital, o Meireles desbancou o Mucuripe, líder no último trimestre, e se consolidou como o metro quadrado mais caro da cidade para comprar imóvel residencial.
Para morar no local, era preciso desembolsar, entre abril e junho deste ano, R$ 16.793/m². Para se ter ideia, um imóvel de 100 m² pode chegar a custar ao menos R$ 1,6 milhão.
Mais caro no primeiro trimestre deste ano, o Mucuripe caiu para a segunda posição, porém com valor ainda elevado: R$ 16.616/m².
Bairros das regionais 2 e 7 dominam levantamento
Na recente pesquisa do Sinduscon-CE, o Centro perdeu espaço para o Cocó, que voltou a figurar no levantamento.
O Cocó ganhou três lançamentos imobiliários em 2024, sendo dois de alto padrão, o que indica que o Valor Geral de Venda (VGV) dos imóveis foi acima de demais bairros. Confira:
- Meireles: R$ 16.793/m²
- Mucuripe: R$ 16.616/m²;
- Aldeota: R$ 14.361/m²;
- Varjota: R$ 13.783/m²;
- Praia de Iracema: R$ 12.849/m²;
- Cocó: R$ 12.580/m²;
- Dionísio Torres: R$ 12.569/m².
Novos lançamentos beneficiados por mudanças no Minha Casa, Minha Vida
As alterações no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, que passarão a vigorar a partir do próximo dia 19 de agosto e restringem a compra de imóveis usados pela terceira e última faixa beneficiada, podem ser encaradas como positivas para novos empreendimentos lançados, como observa Patriolino Dias, presidente do Sinduscon-CE.
"A gente vê também um incremento neste ano da classe média alta voltando adquirir o sonho da casa própria, e justamente com medo de faltar recurso para novos lançamentos, o Governo já se antecipou e reduziu para não financiar tantos usados, então é um fôlego maior para lançamentos", pontua.
Com a taxa Selic ainda em 10,5% ao ano, Patriolino ainda não enxerga um cenário totalmente favorável para um mercado plenamente aquecido, mas acredita que, com possíveis reduções futuras, incluindo a alíquota a 9% ao ano, o setor imobiliário volte a ter bons resultados.
"Um adquirente do imóvel, quando ele vai adquirir um imóvel, na sua grande maioria, ele busca um financiamento. Então você vai contrair um financiamento durante 20, 25 ou 30 anos. Tem que ter a percepção de que não vai perder seu emprego (...), mas não adianta nada ter a taxa de juros muito barata, se não tem emprego, se não tem renda", diz.