Obras do Anel Viário podem ser federalizadas
O presidente da Aedi, Mozart Martins, afirma que a entidade protocolou pedido de federalização da obra para que ela continue
Após a Construtora Souza Reis, uma das integrantes do consórcio escolhido para dar seguimento às obras da Rodovia Quarto Anel Viário de Fortaleza, ter entrado com pedido de recuperação judicial, o projeto pode voltar para a esfera federal. Representantes da Superintendência de Obras Públicas (SOP) da Secretaria de Cidades do Estado do Ceará e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) local estiveram reunidos com a equipe do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para tratar do assunto.
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Iniciada em 2010 e com previsão de conclusão inicial em 2012, a obra já recebeu R$ 257 milhões em recursos federais. O presidente da Associação Empresarial da Indústria (Aedi) - que representa as empresas do polo industrial de Maracanaú -, Mozart Martins, revela que a produtividade das empresas da região é prejudicada em 30% por conta do impasse.
"A obra está parada novamente. Já perdura por 19 anos essa situação. Precisamos descruzar os braços, porque nossa produção é prejudicada em 30%. Os carros quebram, funcionários chegam atrasados, prejudica até o município como um todo", ressalta Martins.
Ele aponta que as empresas de produtos perecíveis têm sido algumas das mais prejudicadas - antes faziam até seis viagens por dia e hoje só conseguem fazer três. "Atrasa a entrega, diminui a demanda por conta disso, além da produção reduzida".
O presidente da Aedi afirma que a entidade protocolou pedido de federalização da obra para que ela continue. "Dinheiro tem. O problema é a execução. Não tem projeto, deixaram para fazer as desocupações no decorrer da obra, vem os períodos de chuva, sem falar nos três consórcios que assumiram".