Obras de Data Center de R$ 55 bilhões da Casa dos Ventos devem começar neste ano no Pecém, diz Elmano
O anúncio ocorreu durante primeiro “Café com o Governador”, no Palácio da Abolição
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O governador Elmano de Freitas (PT) anunciou que se reuniu com os ministérios da Indústria e de Minas e Energia para discutir projetos do setor energético no Ceará, incluindo um Data Center da Casa dos Ventos com investimento estimado em R$ 55 bilhões.
Segundo o governador, o projeto deve ter início ainda este ano. Conforme antecipado pelo Diário do Nordeste, a empresa planeja investir R$ 55 bilhões no empreendimento, a ser instalado na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE), no Pecém, na Região Metropolitana de Fortaleza.
O anúncio ocorreu durante primeiro “Café com o Governador”, evento no Palácio da Abolição, em Fortaleza, reunindo representantes dos principais veículos de comunicação da Capital.
Entenda o projeto da Casa dos Ventos
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Em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste, em maio do ano passado, Mário Araripe, sócio-fundador da Casa dos Ventos, explicou que o projeto será no Pecém justamente devido à ZPE.
O empresário mira na atração de grandes multinacionais do setor de big techs, como Apple, Amazon, Google, Meta e Microsoft.
O data center vai ser no Pecém porque tem uma ZPE. Minha ideia é viabilizar a vinda da Microsoft, ou do Google, ou da Amazon. A gente faz o armazém grande, que vai ser de 12 campos de futebol. Aí elas vêm e enchem de computador. O investimento maior é do Google, ou da Amazon, ou do Facebook, ou da Apple. Mas o que a gente faz é a base. Quero fazer isso porque quero gerar demanda por energia. O Ceará tem muita capacidade de gerar energia, somos o maior desenvolvedor do mundo. A gente tem 35 GW de capacidade de geração.
Ainda de acordo com o empresário cearense, a aposta pelo data center no Pecém está na esteira da descarbonização, e o Ceará reúne condições geográficas e climáticas próximas da perfeição para atrair investimentos vultuosos no setor.
"As big techs controlarão a inteligência artificial, e decidiram que não vão mais consumir combustíveis fósseis, só energia renovável. Elas virão para cá, vão procurar a nossa energia do vento e do Sol. Talvez a gente consiga implementar aqui os maiores data centers do mundo, e tem a vantagem do entroncamento, da distância", projetou.