Dois consórcios com empresas estrangeiras e nacionais participam de licitação de ampliação do Porto do Pecém
Construção de novo berço no terminal deve ampliar movimentação de cargas

Dois consórcios estão concorrendo à licitação das obras de ampliação do Porto do Pecém. Segundo Max Quintino, presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), cada consórcio é formado por uma empresa estrangeira e uma nacional. Os nomes das companhias não foram divulgados.
Quintino esteve nesta quarta-feira (19) no lançamento de pedra fundamental do parque de tancagem da Dislub, no Porto do Pecém. Ainda segundo ele, o processo de escolha da empresa deve ser finalizado em março.
A escolha da empresa que irá conduzir as obras no terminal portuário se dá por meio de licitação pública. A administração do Porto do Pecém deve finalizar a análise das propostas na primeira semana de março.
“Em março, o processo já deve retornar para a Procuradoria Geral do Estado (PGE) para fazer a homologação. Então, eu espero que em março já seja finalizado para iniciar essas obras o mais rápido possível”, aponta.
A ampliação trata da construção de um novo berço para atracação de navios no Terminal de Múltiplas Utilidades. O berço 11 deve apoiar a cadeia do hidrogênio verde a ser instalada no complexo.
O investimento previsto na obra é R$ 675 milhões, com recursos do Banco Mundial, Climate Investmento Fund e da Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp S/A).
O edital exige que pelo menos três e no máximo seis empresas ou consórcios participem do processo. A comissão técnica e a equipe técnica do Banco Mundial devem definir se processo licitatório poderá seguir com somente dois concorrentes, segundo a Cipp.
EMPRESAS DEVEM COMPROVAR EXPERIÊNCIA
O processo de licitação irá analisar as propostas técnicas e financeiras das empresas, com pesos de 30% para a técnica e 70% para o preço. Para comprovar experiência técnica, as empresas devem apresentar dois contratos similares concluídos desde 2014.
Também é preciso demonstrar expertise em design e construção em dois contratos com investimento mínimo de US$ 80 milhões.
As obras de ampliação do terminal devem durar de 36 a 40 meses, com previsão de conclusão em 2028. A expectativa é que o terminal amplie sua capacidade operacional e cresça a movimentação de cargas.
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A projeção é que a curto prazo, a partir de 2026, a movimentação média de cargas do porto cresça em quase 10%. No médio prazo, o montante deve crescer 48%, até chegar a um máximo de 140% em 2040.
Posteriormente, o píer 2 do porto também deve ser ampliado, com objetivo de expandir a movimentação granéis líquidos. Outro investimento no porto será a construção de um corredor de múltiplas utilidades.
TANCAGEM NO PORTO DO PECÉM
O Cipp irá receber um parque de tancagem - armazenamento e distribuição de combustíveis. O projeto será executado pelo grupo Dislub Equardor, com movimentação e expedição de petróleo e combustíveis derivados, biocombustíveis, BTX e alcatrão. O investimento é de R$ 430 milhões.
A expectativa do grupo é movimentar 479 mil toneladas no primeiro ano de operação, progredindo até 1,8 milhão de toneladas. O parque deve ser inaugurado em agosto de 2027, respeitando a saída da tancagem de Fortaleza, realizada no Porto do Mucuripe, por determinação legal.
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