Ceará cria 1,6 mil empregos formais em janeiro

É o primeiro saldo positivo de postos de trabalho para o mês de janeiro em 16 anos, desde o início da série histórica do índice

Escrito por Redação com Agência Brasil ,

Pela primeira vez em 16 anos, o Ceará apresentou saldo positivo na geração de postos de trabalho no mês de janeiro, que tradicionalmente apresenta mais cortes de empregos. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (2), o Estado gerou 1,6 mil novas vagas formais no primeiro mês do ano.

Segundo o balanço, o resultado decorreu de 33.731 contratações e 32.069 demissões no Estado durante o mês, números que fizeram o mercado de trabalho cearense avançar 0,16% ante mesmo período de 2016.

Os dados mostram ainda que o principal impacto positivo no mercado de trabalho do Estado, que puxou o total de contratações,  veio da indústria de transformação, que criou 4.252 vagas formais em janeiro, tendo em vista que o setor contratou 9.408 pessoas edemitiu 5.156 trabalhadores.

Outro resultado positivo veio do setor de serviços, que abriu 579 postos de trabalho no Estado, fruto da admissão de 13.623 profissionais e demissão de outros 13.044 trabalhadores.

Já o comércio apresentou saldo negativo, com o fechamento de 2.383 vagas formais no Ceará, resultado de 7.257 contratações ante 9.640 demissões de funcionários. 

Brasil

Em janeiro, o Brasil criou 77.822 mil novos postos formais de trabalho. O resultado é o melhor para o período desde 2012, e é a primeira vez desde 2015 que as contratações superam as demissões. O saldo é resultado de 1,3 milhão de admissões e 1,2 milhão de desligamentos.

Considerados os últimos 12 meses, de fevereiro de 2017 a janeiro foram criadas 83,5 mil postos com carteira de trabalho. A última divulgação, que trouxe o saldo de 2017, mostrou que o Brasil fechou o ano passado com resultado negativo, foram fechadas 20,8 mil vagas de trabalho.

Segundo a publicação, o salário médio daqueles que foram desligados no mês, descontada a inflação, foi R$ 1.636,41. Já o salário médio daqueles que foram admitidos foi menor, R$ 1.535,51.

Setores e estados

Segundo o levantamento, em janeiro, a indústria de transformação liderou a geração de empregos, com 49,5 mil novos postos de trabalho. O setor é seguido pelos serviços, que registraram 46,5 mil novos postos.

No setor de agropecuária foram criados 15,6 mil postos; na construção civil, aproximadamente 15 mil, e, em serviços industriais de utilidade pública, 1,1 mil postos de trabalho.

Na outra ponta, o comércio registrou o maior fechamento de postos, foram 48,7 mil a menos no mês. Na administração pública foram fechadas 802 vagas e, em extrativa mineral, 351.

Nos estados, São Paulo liderou as contratações, com mais de 20,3 mil novos postos. O estado é seguido pelo Rio Grande do Sul (17,8 mil), Santa Catarina (17,3 mil) e Paraná (11,6 mil).

O Rio de Janeiro foi o estado com mais fechamento de postos de trabalho, com a demissão de 98,4 mil pessoas e contratação de 88,6 mil, terminando o mês com 9,8 mil postos fechados.

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