De acordo com o site Infomoney, especializado em economia, o Banco Goldman Sachs aponta que o Grupo BRF, dono das marcas Sadia e Perdigão, deverá ser o mais impactado pelas consequências da tragédia ambiental no estado do Rio Grande do Sul.
O BRF tem cinco unidades industriais no estado, duas fábricas de ração animal, uma operação de pet food, ou seja, ração para cães e gatos.
Pois bem: o Rio Grande do Sul tem um papel importante no agronegócio brasileiro. O estado gaúcho é responsável por 17% do total de abates nacionais de carne suína; por 13% do abate de carne de frango; e de 5% do abate de carne bovina.
Tem mais: o Rio Grande do Sul responde por 15% da área plantada de soja em todo o país. E de 4% da área brasileira cultivada de milho.
O Rio Grande do Sul ocupa também posição de liderança na produção de arroz, respondendo por 58% da produção nacional.
É preciso ser lembrado que o arroz representa 5,1% do índice de inflação alimentar em domicílio. Neste exato momento, o arroz e a soja estão na fase final de colheita na região Sul, o que alivia um pouco as preocupações.
Como a infraestrutura rodoviária gaúcha está deteriorada, o temor é de que a logística de distribuição agrícola encareça o custo do frete e estenda os prazos de entrega.
Os economistas já alertam para o agravamento da questão fiscal, tendo em vista que o governo terá de gastar, e gastar muito, na recuperação da economia do Rio Grande do Sul. Ainda não se sabe de quanto será necessário para recuperar a agropecuária e a infraestrutura gaúchas.
O presidente Lula já está falando em não incluir no déficit as despesas com o socorro ao Rio Grande do Sul.