Bolsonaro: novo apoio a municípios pode ser dado pelo Governo Federal

Novas parcelas do auxílio emergencial significam "endividamento" para o governo, disse o presidente

Escrito por Estadão Conteúdo ,
bolsonaro/bolsonaro auxílio/presidente
Legenda: "Se for preciso, no corrente ano, a gente vai continuar com esse atendimento a vocês (prefeitos) porque vocês não têm quem socorrê-los", disse o presidente em breve reunião com prefeitos no Ministério da Educação.
Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro, em agenda com prefeitos nesta quarta-feira (10), indicou que um novo apoio do governo poderá ser dado a municípios em 2021. O chefe do Executivo voltou a dizer que as medidas "na ponta linha" de combate à pandemia da Covid-19 foram tomadas por governadores e prefeitos; ao governo federal coube enviar "recursos e meios". Ele destacou ainda que novas parcelas do auxílio emergencial significam "endividamento" para o governo.

"O presidente foi deixado de lado em grande parte das suas atribuições, a não ser mandar recursos e meios, o que nós fizemos. Se for preciso, no corrente ano, a gente vai continuar com esse atendimento a vocês (prefeitos) porque vocês não têm quem socorrê-los", disse o presidente em breve reunião com prefeitos no Ministério da Educação.

Em 2020, o governo federal direcionou socorro financeiro a estados e municípios para o enfrentamento da crise sanitária do novo coronavírus. Nesta quarta, Bolsonaro também ressaltou que uma nova rodada do auxílio emergencial está sendo discutida pelo governo. A equipe econômica analisa o pagamento de novas parcelas para uma quantidade menor de beneficiários e em menor valor.

Veja também



"A arrecadação esteve praticamente equivalente no município tendo em vista o auxílio emergencial, que volta a ser rediscutido. Não é dinheiro que eu estou tirando do cofre, é endividamento. Isso é terrível também", declarou. Bolsonaro fez ainda um apelo aos prefeitos para que evitem novas medidas de fechamento do comércio, adotadas para combater a disseminação do vírus.

Segundo o presidente, é preciso conviver com a doença e voltar a trabalhar. "Vamos ter que conviver com esse vírus, não adianta falar que passando o tempo vai resolver. Estão vendo que não vai Novas cepas estão aparecendo. Agora, o efeito colateral do tratamento inadequado mata mais gente do que o vírus em si", afirmou o mandatário.

Veja também



"A economia não voltou ainda. Por isso eu apelo: quem puder abrir, abra o comércio. Vejo alguns municípios até protestando contra o respectivo governador", acrescentou. A conversa com os prefeitos, que durou menos de 20 minutos, não estava prevista na agenda oficial do presidente. Ele participou de uma agenda do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que desde cedo está reunido com os prefeitos.

Agenda

Após a visita ao MEC, Bolsonaro se deslocou para o Ministério da Defesa. O chefe do Executivo participou de almoço seguido de reunião com o ministro da pasta, Fernando Azevedo. O ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, também participou do encontro.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.
Assuntos Relacionados