O apelo promocional e os descontos ofertados pelo varejo têm conseguido atrair os consumidores brasileiros, sendo os principais motivos pela realização de compras não planejadas. Nos últimos três meses, 52% dos consumidores realizaram alguma compra por impulso, conforme mostra um estudo realizado pelo portal de educação financeira Meu Bolso Feliz (http://meubolsofeliz.Com.Br/), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O estudo foi feito nas 27 capitais do País e a principal justificativa dada pelos consumidores para comprar por impulso são os descontos e promoções, mencionados por metade da amostra (50%).
O levantamento também procurou identificar com quais produtos os brasileiros mais gastaram desnecessariamente nos últimos 90 dias. Itens como roupas (29%) e calçados (19%) lideram a lista das compras supérfluas, seguidos por eletrônicos/celulares (18%) e perfumes/cosméticos (12%).
Os shoppings são os locais onde as compras por impulso costumam ocorrer com maior frequência, com 35% dos consumidores ouvidos afirmando que, nos últimos três meses, realizou alguma compra não planejada nesse tipo de estabelecimento. Em segundo lugar, ficaram as lojas virtuais (23%). Outros lugares também mencionados são as lojas de rua (14%), supermercados (14%) e lojas de departamento (4%).
O estudo avaliou ainda a relação do brasileiro com o crédito e constatou que, para 52% dos entrevistados, ele representa alegria/realização por comprar coisas. Já para 30%, o crédito ajuda nos momentos difíceis e para 7% representa problema.
"A dica é resistir às tentações das propagandas e não insistir em manter um estilo de vida que não combina com sua renda atual", orienta José Vignoli, educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz. "Às vezes parece imperceptível, mas fatores psicológicos, subjetivos e emocionais exercem muita influência nas decisões financeiras. Por uma questão de status, algumas pessoas compram desmesuradamente apenas para impressionar a família, os amigos. Sem planejamento, essas pessoas adquirem produtos supérfluos e acabam se endividando excessivamente", diz.