Marina Ruy Barbosa fala sobre divórcio, pressão, rivalidade com Bruna Marquezine e crises de pânico
Atriz falou, em entrevista ao jornal O Globo, que prefere ser chamada de inteligente do que de bonita
Prestes a estrear na série 'Rio Connection', parceria entre TV Globo e Sony Pictures, a atriz Marina Ruy Barbosa concedeu entrevista ao jornal O Globo para falar sobre trabalho, relacionamentos e carreira. Ao citar fragilidades da vida, ela citou a pressão estética sofrida desde a infância. "Hoje, prefiro que me chamem de inteligente do que de bonita", refletiu.
Ao longo da entrevista, Marina falou bastante sobre os problemas que teve de enfrentar diante da exposição midiática, algo que presencia desde cedo.
"Certa vez, troquei o DIU e fiquei um pouco mais inchada. Foi algo que mexeu com meus hormônios. Em outra, pegaram uma foto minha chorando em cena e falaram que eu tinha me transformado por causa de procedimentos estéticos. É muito cruel e leviano como tratam isso", contou ao dizer que não espera ser vista como perfeita.
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Exposição direta
Assim como grande parte dos artistas brasileiros, ela tem de lidar com a exposição de detalhes da vida pessoal além do trabalho. Exatamente por isso, viu a história do divórcio com o ex-marido, Alexandre Negrão, se tornar pública.
"Não queríamos nos separar. Mas, no dia a dia, percebemos que o gostar e o amor não são suficientes para fazer uma relação continuar. Mil fatores distanciam um casal", explicou. Segundo Marina, a distância entre a casa dos dois durante a pandemia -um em Fortaleza e outro em São Paulo- virou uma questão importante.
"Começamos a não enxergar um futuro, sabe? Quando me casei, aos 22 anos, achava que tudo seria mais fácil. Mas não é... Não tive nem tempo para digerir a história, de me reencontrar, e precisei dar uma declaração, expor a situação"
Hoje, namorando com o deputado federal Guilherme Mussi, Marina precisa lidar com as escolhas de relacionamento e até mesmo com a política que envolve o atual. Mussi é filiado do partido Progressistas, que apoia o presidente Jair Bolsonaro, mas ela se diz contra o chefe do executivo brasileiro.
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"Bolsonaro não me representa. Não votei nele e não tenho como me aprofundar em questões políticas porque não sou uma grande estudiosa do assunto. Mas há decisões desse governo que afetam nossas vidas diretamente", revelou na entrevista ao O Globo. Ela ainda ponderou que é apontada como isenta por não se posicionar publicamente em assuntos relacionados à política, mas reforça que não o faz para preservar sua saúde mental.
Entendi que tenho um limite para suportar ataques nas redes sociais. Acho cruel compararem o limite de uma pessoa com o de outra. Não é medo de perder seguidores ou trabalho. O medo até existe, mas é um medo em relação à minha saúde mental. Não há mais espaço para errar.
No trabalho
Apesar do baque sobre a questão do relacionamento, Marina já havia passado por situações nas quais se sentiu exposta diante da própria intimidade. No trabalho, mais precisamente na novela 'O Sétimo Guardião', precisou lidar com notícias falsas.
"Fui envolvida numa polêmica que eu não tinha nada a ver, que não era verdade. A Globo me deu total apoio. Dividi tudo com a empresa, e a direção quis me dar uns dias de descanso", revelou. Na época, foi apontada como pivô da separação de José Loreto e Débora Nascimento.
Ainda assim, a ruiva explicou, optou por não fugir dos holofotes, mesmo tendo crises de pânico recorrentes. "A intenção era preservar minha cabeça. Mas não aceitei. Ganho para atuar. Um problema pessoal não poderia mudar uma rotina de gravações".
Rivalidade feminina
A atriz que já foi apontada como "inimiga" de Bruna Marquezine ainda falou sobre a rivalidade criada em torno de figuras femininas. "A gente vive numa sociedade machista e vejo muitas comparações, e sempre entre mulheres. Crescemos ouvindo que Xuxa e Angélica eram rivais. Precisamos mudar essa história. Bruna (Marquezine, atriz) e eu passamos por isso o tempo inteiro. Somos da mesma geração, começamos na TV mais ou menos juntas... Essa “rivalidade” dá retorno, audiência em sites. E isso é tóxico para todos os lados envolvidos", reforçou.
Marina disse que, apesar de existir carinho e respeito mútuo entre as duas atrizes, as fofocas atrapalharam muito o surgimento de uma amizade. Ela, no entanto, apontou que apesar de terem trajetórias parecidas, não existe afinidade entre elas.
Nova série
Agora, a nova fase guarda para Marina um leque de oportunidades, segundo a mesma opina. Pouco antes de definir o divórcio, ela viu as portas se abrirem para produções internacionais.
"Quando não sabia ao certo o futuro do meu casamento, surgiu a chance de fazer um filme internacional. Acabei não fazendo e surgiu essa série gringa, falada em inglês. Estou muito animada", finalizou sobre a questão.