Julia Roberts diz que papel em ‘Notting Hill’ foi um dos mais difíceis da carreira
A atriz conversou abertamente sobre o assunto com um dos roteiristas do filme, Richard Curtis
A eterna namoradinha de Hollywood, Julia Roberts, de 56 anos, afirmou que “uma das coisas mais difíceis” que já fez foi o papel como a atriz mundialmente famosa Anna Scott no filme “Um Lugar Chamado Notting Hill”, de 1999. Ela contou que quase recusou o papel durante entrevista a um dos roteiristas do filme, Richard Curtis, publicada, nessa quinta-feira (11), pela Vogue britânica.
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“Honestamente, uma das coisas mais difíceis que já tive que fazer foi o seu filme [Um Lugar Chamado Notting Hill], interpretando uma atriz de cinema. Eu estava tão desconfortável! Quer dizer, já conversamos sobre isso tantas vezes, mas quase não aceitei o papel porque parecia... Ah, parecia tão estranho. Eu nem sabia como interpretar aquela pessoa”, disse Roberts.
Ela ainda acrescentou que “odiava” o figurino no longa. E que usou as próprias roupas na cena em que diz a famosa frase “Não esqueça, eu sou só uma mulher...”, quando contracenou com o par romântico William Thacker, interpretado por Hugh Grant.
A atriz detalhou que pediu para o motorista particular ir à casa dela para pegar outras opções de roupas. “Meu motorista, o adorável Tommy, mandei-o de volta para meu apartamento naquela manhã. Eu disse: ‘Vá para o meu quarto e pegue isso, isso e isso do meu armário’. E eram meus próprios chinelos, minha linda saia de veludo azul, uma camiseta e meu cardigã”, lembrou.
O roteirista Richard Curtis, então, rebateu o comentário da atriz: "Eu fiquei desconfortável porque você não vestia um look melhor naquele dia". Julia Roberts, então, riu e declarou: "Quero dizer, foi uma ótima cena, mas ninguém imaginava que ‘Sou só uma mulher’ se tornaria a frase do filme".
O longa
Na comédia romântica que marcou Hollywood, Julia Roberts é Anna, uma atriz famosa que ganha 15 milhões de dólares por filme. Sempre rodeada por indiscretos repórteres, ela viaja até Londres a fim de divulgar seu mais recente trabalho, a ficção-científica "Kelly".
Certo dia, ela vai até o bairro londrino Notting Hill e entra na livraria do tímido William (Hugh Grant), um homem que acaba de se divorciar e cujo inquilino é um galês que, aparentemente, vive realizando estranhas performances nas ruas da cidade.
Apesar de reconhecer a atriz, William, com a habitual fleuma britânica, comporta-se como se ela fosse uma simples cliente - o que a agrada imensamente. Minutos depois os dois se reencontram na rua quando o rapaz, por acaso, derruba suco de laranja na roupa da estrela e a convence a ir até seu apartamento a fim de se trocar.
A partir daí, surge um complicado romance, já que eles vivem em realidades diametralmente opostas - a celebridade e o anonimato.