Irmão de Emicida, Fióti nega ter feito saques indevidos de empresa
Em entrevista ao Fantástico, o músico e empresário comentou a relação com o irmão rapper e as acusações
Evandro Fióti deu entrevista, na noite deste domingo (6), ao programa Fantástico e negou ter feito saques indevidos da Laboratório Fantasma, empresa que mantinha com o irmão, Leandro Emicida. Nas últimas semanas, uma briga judicial entre os irmãos veio a público, com Emicida acusando Fióti de sacar R$ 6 milhões sem comunicá-lo. Fióti nega.
“Não, não fiz. Todas as transferências para ambos os sócios e a divisão de lucros desses 16 anos sempre foram feitas seguindo os ritos de governança da área administrativa e financeira”, disse ao programa da TV Globo. "Eu não trabalhei de maneira antiética em nenhuma vez da minha vida".
O conflito entre os irmãos veio à tona, no dia 28 de março, com o anúncio de Emicida do fim da parceria profissional com o irmão, após 16 anos de sociedade. Além de ser uma marca de roupas, a Lab gerencia as carreiras de Emicida, Rael e Drik Barbosa.
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Na entrevista desse domingo, Fióti ressaltou que Emicida "foi avisado" da transferência de recursos. "Existe um e-mail dentro dos nossos e-mails institucionais e corporativos, existem evidências disso internamente, de que ele sabia", disse.
Na última semana, a Folha de S. Paulo chegou a divulgar um vídeo de uma reunião da empresa em que Emicida diz concordar com os saques feitos pelo irmão. A defesa do rapper diz que a gravação foi tirada de contexto.
Perguntado pelo Fantástico se a parceria com Emicida acabou, Fióti afirmou: "Eu tenho muita saudade do Leandro que se emocionava quando eu tocava violão. Aquela foi a energia que possibilitou que a nossa família construísse uma empresa para impulsionar os nossos sonhos".
Ainda segundo ele, o "distanciamento" entre os irmãos começou entre os anos de 2017 e 2018.
"Dinheiro nunca foi o que me mobilizou. Desde a época que eu era servente de pedreiro, desde a época que eu fui líder em uma rede de fast-food. O que me mobiliza é o que eu quero construir. E na Laboratório Fantasma nunca foi diferente disso", disse Fióti.
Emicida foi convidado para dar entrevista ao dominical da Globo, mas recusou o convite.
Entenda o que aconteceu entre Emicida e Fióti
A acusação de desvio surgiu como resposta da defesa de Emicida a um processo movido por Fióti, que tenta impedir o irmão de tomar decisões unilaterais sobre a empresa Lab Fantasma. Segundo a defesa do rapper, as transferências teriam ocorrido entre junho de 2024 e fevereiro de 2025, da conta corporativa da Lab para a conta pessoal de Fióti.
O conflito entre os irmãos começou em novembro de 2024, quando Emicida solicitou a saída de Fióti do quadro societário. Em dezembro, ambos assinaram um acordo para formalizar o desligamento, mas Fióti alega que os termos não foram cumpridos.
Em março de 2025, o cantor revogou a procuração que permitia ao irmão acessar as contas da empresa, o que levou Fióti a processá-lo, alegando ter sido excluído da gestão sem consentimento.