Próximo caso do Linha Direta relembra assassinato mandado por mãe e filha; veja história

O episódio marca uma retomada do caso, que já foi tema do próprio programa à época

Escrito por Redação ,
Pedro Bial no comando do Linha Direta
Legenda: O assassinato assombroso segue impune até hoje, com as mandantes do crime foragidas
Foto: Globo/Fábio Rocha

O último episódio da primeira temporada do novo Linha Direta, intitulado ‘Chat line’, irá exibir, nesta quinta-feira (7), o caso do homicídio do paulistano Ricardo Luis Antunes da Silva, que foi friamente assassino na madrugada do dia 04 de abril de 2006.

Trata-se de uma execução brutal, orquestrada por mãe e filha, que ocorreu em São Carlos, interior de São Paulo. O assassinato assombroso segue impune até hoje, com as mandantes do crime foragidas, enquanto a família da vítima ainda aguarda por justiça.

Segundo a emissora, o episódio marca, inclusive, uma retomada do caso, que já foi tema do próprio ‘Linha Direta’ naquele ano. O programa vai ao ar a partir das 22h55 desta quinta-feira, logo após exibição do Cine Holliúdy, na tela da TV Globo.

Relembre o caso

Há 17 anos, Ricardo Luís Antunes da Silva, um motorista de 32 anos, e Anelize Matteoci, de 24, formada em direito e filha de um desembargador já falecido, se conheceram por meio de uma sala de bate-papo na internet. Os dois começaram a namorar e a se encontrar com frequência.

A madrugada de 4 de abril de 2006 foi, no entanto, um terror para Ricardo. Ele foi sequestrado na cidade e levado até um canavial na área rural de São Carlos. Agredido fisicamente por três homens, o homem foi queimado e atropelado no local pelos agressores.

Juntando forças e o instinto de sobrevivência, a vítima conseguiu caminhar até a casa de um proprietário rural, que o acolheu e o levou para a delegacia, onde foi encaminhado às pressas para a Santa Casa da cidade. Ele foi socorrido nu, com queimaduras e marcas de violência pelo corpo, mas ainda conseguiu informar que tinha sido sequestrado e agredido no canavial daquela fazenda antes de desmaiar de dor. Ricardo faleceu 42 dias depois de ser internado em estado grave.

Veja também

Investigações apontaram que, meses antes, Ricardo foi a São Carlos se encontrar com uma jovem que tinha conhecido pela internet. Em depoimento à polícia, Anelize contou diferentes versões e fez graves acusações. Ela disse ter sido mantida em cárcere privado e violentada por Ricardo. Segundo a polícia, as informações eram inconsistentes.

Na verdade, Anelize e a mãe, Maria Elizabeth Matteoci, uma oficial de justiça aposentada, contrataram três executores para o crime: Daniel, Leandro e André

Os depoimentos desses homens foram decisivos para elucidar o caso. Eles foram contratados não apenas para dar "um susto" em Ricardo, mas sim para um assassinato encomendado por mãe e filha. Elas queriam vingança pelo suposto estupro.

Com a morte de Ricardo, o inquérito virou oficialmente um caso de homicídio. A motivação do crime cruel era bem diferente do que Anelize alegava.  Os três executores do homicídio foram levados a julgamento e condenados pelo júri popular. Eles já cumpriram a pena. Já Elizabeth e Anelize Matteoci foram denunciadas pelo Ministério Público de São Paulo, mas não foram levadas a julgamento.  

Mãe e filha estão foragidas há 17 anos e ainda não foram julgadas pelo assassinato de Ricardo Antunes da Silva. Enquanto estiverem foragidas, o processo judicial continua suspenso, sem julgamento marcado. O ‘Linha Direta’ pede a ajuda do público com informações que levem a localização e captura de Maria Elizabeth e Anelize Matteoci através do telefone 181.

Assuntos Relacionados