Ana Hickmann lembra agressões do pai em entrevista: 'Carreguei minha mãe algumas vezes ao hospital'

A apresentadora falou pela primeira vez sobre o assunto em entrevista

Escrito por Redação ,
Ana Hickmann com a mãe, Reni Saath
Legenda: Ana Hickmann com a mãe, Reni Saath
Foto: Reprodução

Ana Hickmann falou pela primeira vez sobre o caso de violência doméstica pelo qual passou no início de novembro, em entrevista ao Domingo Espetacular, neste domingo (26). Na conversa com a apresentadora Carolina Ferraz, ela revelou que o pai agredia a mãe, Reni Saath.

"Todo mundo sempre me questionou porque o meu pai nunca apareceu do meu lado. Porque o meu pai era um agressor. O meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei minha mãe algumas vezes pro hospital", contou Ana, emocionada. 

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"Por qualquer coisa ele espancava a minha mãe. Por qualquer coisa ele quebrava tudo dentro de casa. Minha mãe até descobriu traições, muitas, e ele torturava a gente psicologicamente dentro de casa. E essa marca que eu tenho na mão, foi porque ele voou em cima da minha mãe com pedaço de um sofá que ele arrancou. Abriu a cabeça dela inteira", desabafou. 

Ela continuou: "Ele me arremessou para cima da mesa da cozinha, cheia de prato, copo, tampa, aquilo desgraçou comigo em cima. Foi a mão de Deus que não deixou eu me cortar inteira. Abriu minha mão toda. E ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando. Ele chorava e dizia: 'Meu Deus, o que eu fiz?'. Foi a mesma reação que eu vi no Alexandre quando ele escutou a policial falando comigo no telefone: 'Pelo amor de Deus, o que você tá fazendo?'".

Ana Hickmann em entrevista a Carolina Ferraz
Legenda: Ana Hickmann em entrevista a Carolina Ferraz, no Domingo Espetacular
Foto: Reprodução/Record TV

Ela disse que a situação a fez jurar jamais permitir que um homem a batesse. "Só que eu permiti ser ferida e abusada de outra forma", disse. Ela também prometeu à mãe nunca tocar no assunto: "Eu sei que isso machuca demais". 

Ana, que é a mais velha de quatro irmãos de uma família do interior do Rio Grande do Sul, chegou a sair de casa na tentativa de fugir da situação. "Eu, com 13 anos, fiz uma mochila para cada um dos meus irmãos, peguei eles na mão e saí a pé para a casa da minha avó. Falei que a gente não ia voltar, porque a gente não ia passar mais por aquilo. Foi aí que ela tomou coragem pra dar um basta. Ela tirou ele de casa, mas a violência não parou", lembrou Ana.

"Eu precisava ajudá-la a trazer dinheiro pra mesa, a criar meus irmãos. Minha mãe é um exemplo pra mim de coragem. Voltou a estudar, fez supletivo. Hoje doutorado, é coordenadora de curso de uma universidade", contou. 

Ela disse também o que conversou com a mãe no dia da agressão que sofreu. "Naquele sábado ela olhou para mim, até então o Alexandre era o genro perfeito. Sentei ela na cama do meu quarto e disse: 'Mãe, eu não posso repetir o que a senhora fez", finalizou. 

 
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