Agenor Tupinambá afirma 'ter medo' de continuar se pronunciando sobre caso da capivara Filó
Influenciador foi notificado pelo Ibama por exploração indevida de animais silvestres
O influenciador Agenor Tupinambá, notificado de maus-tratos e uso indevido de imagem da capivara que batizou de 'Filó', desabafou nas redes sociais sobre a situação envolvendo o animal e a luta judicial com o Ibama.
"Eu só queria paz! Isso já virou pessoal, estão tentando de todas as formas me atacar, e realmente eu já tô sem forças. Estão pegando coisas do passado, quando eu não era nem nascido, para usarem contra mim", disse em suas redes sociais.
Ele disse ainda que está com "medo" de aparecer nas redes sociais. "Quando penso que vai acabar tudo isso, começa tudo de novo. Todo dia tenho que estar me explicando", afirmou.
Nos últimos meses, Agenor repercutiu nas redes sociais por compartilhar a rotina ao lado da capivara. Ele foi notificado pelo Ibama em 18 de abril por exploração indevida de animais silvestres para a geração de conteúdo em redes sociais, com base na Lei de Crimes Ambientais.
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Agenor foi multado em mais de R$ 17 mil pelo instituto. O Ibama informou ainda que Agenor já criou outros animais silvestres e dois deles chegaram a morrer — dentre esses animais está outra capivara.
Entenda o caso
Na última quinta-feira (27), Agenor entregou a capivara ao Ibama, em Manaus. O animal foi levado até o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde seria feito um trabalho até a reintegração de 'filó' à natureza.
A Justiça Federal determinou, no entanto, que o órgão federal devolvesse o animal ao estudante de agronomia. A decisão de domingo (30), válida até o fim do processo judicial, aponta que “não é Filó que mora na casa de Agenor”, mas “o autor que vive na floresta”.
Com a repercussão do caso, houve confusão no na unidade do Cetas onde a capivara estava. A deputada Joana Darc usou da força para entrar no local e houve confronto entre membros da equipe da parlamentar e segurança particular do Ibama.
Após a decisão judicial, o Ibama utilizou as redes sociais para afirmar que o influenciador não é ribeirinho. Segundo o analista e fiscal do órgão, Roberto Cabral, a determinação da Justiça de devolver a capivara a Agenor atrapalharia a reintrodução do animal no habitat dela.