10 motivos que valem maratonar a novela Todas as Flores
No próximo dia 5 de abril, a Globoplay vai liberar novos capítulos da novela Todas as Flores. É a segunda e última parte da trama, que, quando chegar à TV aberta, deve ser campeã de audiência.
Às vésperas do lançamento, gostaria de dividir com vocês alguns dos motivos que fazem valer a pena maratonar essa história criada por João Emanuel Carneiro.
1. A interpretação de Letícia Colin como Vanessa: a atriz mistura sarcasmo com maldade e humor de uma forma que faz o espectador muitas vezes odiar e algumas vezes rir da vilã. É divertido.
2. O trabalho de Thalita Carauta é sensacional, dando vida à Mauritânia, uma ex-atriz de filme erótico que se torna milionária, mantendo a essência: espontânea, generosa e romântica.
3. A história de amor entre Maíra (Sophie Charlotte) e Rafael (Humberto Carrão). São os mocinhos da novela. É um amor genuíno e atrapalhado. Fazem várias escolhas que os separam, mas é impossível ficar fora da torcida por eles.
4. A complexidade da personagem Zoé, interpretada por Regina Casé. É uma egoísta, mercenária, mas é mãe e, como toda genitora, tem pontos fracos onde só os filhos tocam. É interessante acompanhar esse afeto entre ela e as filhas. Causa identificação. Enriquece a trama.
5. As atrizes negras. Houve um tempo em que o Brasil mais parecia a Dinamarca quando se assistia às novelas: tamanho o desequilíbrio étnico no elenco. Todas as Flores é um diferencial, destaca-se também pelas atrizes negras, talentosas, belíssimas, em personagens fortes.
6. A paisagem do Rio de Janeiro. Entre uma cena e outra, principalmente quando há troca de núcleos, entram imagens panorâmicas da cidade, com seus morros ora verdes da mata, ora coloridos por causa das favelas, serpenteados por prédios e asfalto. O Rio é lindo, ou, parafraseando Elizabeth Bishop, é um cenário maravilhoso para uma cidade.
7. Há uma personagem na primeira parte da novela (sumiu nos últimos capítulos) que deveria voltar na segunda. Trata-se de Dira (Valentina Bandeira), amante de Oberdan (Douglas Silva). É a interpretação de uma pessoa louca no limite do realismo. É hilário!
8. Quem é fã de "O Conto da Aia" precisa ver "Todas as Flores" para avaliar se o autor inspirou-se ou não na série de Gilead para criar a tal fazenda de tráfico humano. Há determinadas tomadas e personagens que quase são uma resposta positiva para essa dúvida.
9. "Todas as Flores" é um festival de erros de continuidade nos primeiros capítulos. Quem é maluco por isso, que fica olhando cada detalhe, vai gostar. Depois melhora.
10. A história estilo novelão que fazia falta entre tantas tramas existentes por aí. Esse duelo entre irmãs (no caso Maíra e Vanessa) é dos melhores. E, se na primeira parte Vanessa agiu sem limites, a vingança de Maíra promete valer a pena nesta segunda parte.