Roda de conversa online discute lutas e conquistas das mulheres negras

Aberta ao público, a roda de conversa “Com a Palavra as Mulheres Negras e Africanas” ocorre nesta quarta-feira (29), a partir das 15h, no Youtube

Escrito por Redação ,
Legenda: A professora Zelma Madeira está entre as educadoras sintonizadas com as necessidades da população marcada por profundas desigualdades raciais.
Foto: Divulgação

No mês em que se comemora datas como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, faz-se ainda mais necessária a reflexão sobre o lugar da mulher negra na sociedade. Para discutir as lutas e as conquistas dessas mulheres, a roda de conversa online “Com a Palavra as Mulheres Negras e Africanas” acontece nesta quarta-feira (29), a partir das 15h, no Youtube.

Aberta ao público, a conversa é promovida pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) e será mediada pela coordenadora da Igualdade Racial, Zelma Madeira, além de contar com a participação de mulheres quilombolas, africanas, trans, pesquisadoras e acadêmicas.

Após o debate, será exibido um vídeo para apresentar a história de Preta Simoa, mulher negra que liderou a “Greve dos Jangadeiros”, onde se decretou o fim do embarque de escravizados naquele porto, definindo os rumos para a abolição da escravidão na Província do Ceará

Entre as convidadas estão Patrícia Adjoké, assessora pedagógica da Coordenadoria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; Karla Alves, historiadora e fundadora do grupo Pretas Simoa; Diana Maia, representante do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial; Joelma Gentil, do Movimento Negro Unificado; Aurila Maria, liderança quilombola; Dediane Souza, coordenadora da Diversidade Sexual de Fortaleza; Adriana de Maria, Baiana de Acarajé e Mulher de Candomblé e Rosalina Tavares Semedo, professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.

Zelma Madeira destaca que a força de resistência e a potência das mulheres negras se ancora nos seus ancestrais. “Nesta roda de conversa nós vamos ouvir mulheres negras que ocupam diferentes espaços contando suas experiências, suas lutas e conquistas. A ideia é que possamos juntos entender como a mulher negra, mesmo diante de sistemas tão pesados de opressão, como o racismo e o machismo, conseguem levar adiante sua militância, sustentar sua família e ainda propor mudanças para sociedade em que vivem”, ressalta.

A programação faz alusão ao Dia Internacional da Mulher Afro-Latina, Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho. A data inspirou o Dia Nacional da Mulher Negra e de Tereza de Benguela, líder quilombola que, junto à comunidade negra e indígena, resistiu à escravidão por duas décadas no Quilombo de Quariterê, no Mato Grosso, sobrevivendo até 1770.

Outro marco importante é o Dia Internacional da Mulher Africana, celebrado no dia 31 de julho, data instituída em 1962, durante a Conferência das Mulheres Africanas na Tanzânia. A comemoração é feita a partir das lutas e conquistas que essas mulheres vêm, ao longo dos anos, ultrapassando para conseguir visibilidade e respeito perante à sociedade.

 

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