Soldado é preso suspeito de feminicídio de cabo de Exército no DF

Kelvin Barros da Silva confessou que matou Maria de Lourdes Freire Matos. Ele colocou fogo no local onde cometeu o crime.

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 14:20)
Foto que contém a fachada do 1º RGC, no Distrito Federal.
Legenda: Caso ocorreu dentro do RGC do Distrito Federal.
Foto: Google Maps/Reprodução.

Um soldado do Exército foi preso, na manhã desse sábado (6), suspeito de feminicídio contra uma cabo dentro de um quartel em Brasília, no Distrito Federal. O crime aconteceu na sexta-feira (5).

Kelvin Barros da Silva, de 21 anos, confessou que esfaqueou a cabo Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos. Após acertar a vítima na região do pescoço, Kelvin ateou fogo nas dependências da banda de música do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RGC), no Setor Militar Urbano (SMU) de Brasília.

Conforme o portal g1, o Corpo de Bombeiros encontrou o local destruído pelas chamas, grande quantidade de material combustível e um corpo carbonizado.

Na perícia no corpo da vítima, uma lesão profunda no pescoço foi identificada, e a faca utilizada pelo suspeito permanecia no ferimento.

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A cabo era saxofonista do 1º Regimento e havia entrado na corporação há cerca de cinco meses.

No depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, Kelvin confessou o crime. Segundo ele, os dois estavam tendo um relacionamento, mas Maria queria que o soldado terminasse outra relação amorosa.

A partir de então, os dois teriam começado uma discussão, e Maria teria tentado recarregar a arma. Nesse momento, Kelvin disse que pegou a faca da cabo e acertado ela na região do pescoço.

A família da oficial, no entanto, rebateu com veemência as declarações do soldado. Por meio de nota, os parentes de Maria de Lourdes afirmaram que ela jamais havia mantido algum relacionamento com Kelvin, que estava solteira e era avessa a relacionamentos no ambiente de trabalho.

"Há fortes indicativos de que o crime tenha sido motivado pelo não aceite do agressor à autoridade feminina exercida por Maria no âmbito militar", frisou a nota da família.

Kelvin está preso no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília. A prisão dele foi convertida de flagrante para preventiva, e ele seguirá detido por tempo indeterminado. As motivações do crime seguem sendo investigadas.

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