Falso biomédico é preso após procedimento em SP; paciente de 78 anos morreu
A idosa teve uma parada cardiorrespiratória.
Uma mulher de 78 anos morreu em São Paulo após passar por um procedimento facial. O responsável pela intervenção de Maria Ribeiro Baptista foi Jonatas Davi Rodrigues, que terminou preso.
Davi se apresentava nas redes sociais como biomédico e com o nome Pietro Rodrigues. No entanto, a Polícia Civil afirma que o homem é um falso profissional, sem habilitação para atuar como biomédico.
O suspeito foi autuado por homicídio e foi detido nessa sexta-feira (5), por força de um mandado de prisão temporária.
A Polícia afirma que a clínica onde o falso biomédico atuava e onde a idosa passou pelo procedimento não possui alvará sanitário ou qualquer outra licença de responsabilidade técnica. A defesa do suspeito não foi localizada pela reportagem do Uol.
ENTENDA O CASO
Maria Ribeiro teria procurado Pietro com a ideia de passar por um procedimento de preenchimento de marionete. A intervenção consiste em introduzir substâncias na pele para deixar as linhas do rosto “mais firmes”.
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A idosa teria pago R$ 1,5 mil pelo procedimento. Há a suspeita de que o suspeito tenha aplicado ácido hialurônico na idosa. Investigadores aguardam resultado da perícia que deve auxiliar a desvendar o caso.
A família da vítima disse ao Uol que Maria tentou esconder dos filhos que passaria pelo procedimento.
No dia seguinte à intervenção, ela teria confessado à filha que se submeteu ao preenchimento e que estava sendo medicada com dois remédios: um para dor e o outro um corticoide.
Dois dias após o procedimento, a idosa passou a ter dores no estômago e vomitar. Ela foi socorrida pela filha e deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento já com parada cardiorrespiratória.
Na unidade hospitalar foram realizadas manobras de reanimação, mas Maria não resistiu.
INVESTIGAÇÃO
A família decidiu prestar Boletim de Ocorrência, e inicialmente a morte foi classificada como “suspeita”.
Logo após o início da investigação, o caso passou a ser tratado como homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Pietro estava exercendo a profissão irregularmente, conforme a Polícia, e isso por “si só já é um crime”. O Conselho Regional de Biomedicina de SP confirmou que no nome do suspeito não havia inscrição.