Segundo suspeito de matar idosa e diarista se entrega e é preso no Rio de Janeiro
Polícia Civil já havia buscado o pintor, mas o homem fugiu; duas pessoas são investigadas pelo crime
William Oliveira Fonseca, suspeito de participação nas mortes de uma idosa e acompanhante dela no Flamengo, no Rio de Janeiro, se entregou à Polícia Civil na noite deste sábado (11). Esta é a segunda prisão associada ao crime que aconteceu na quinta-feira (9). As informações são do G1.
O homem foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital — dois mandados de prisão estavam abertos contra o pintor por roubo a ônibus. William era considerado foragido há cerca de 5 anos.
Os agentes policiais buscaram o suspeito na casa dele, na Favela de Acari, na Zona Norte do Rio de Janeiro, mas William fugiu do lugar deixando o chuveiro ainda ligado, na sexta-feira (10).
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Naquele mesmo dia, Jhonatan Correia Damasceno foi preso e confessou participação no crime. Os dois haviam sido contratados para pintar o imóvel de luxo. As mulheres foram imobilizadas e Jhonatan, conforme investigação, saiu para descontar cheques.
Entenda o caso
O crime aconteceu na tarde de quinta-feira, no imóvel de luxo de Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos, na avenida Ruy Barbosa, onde também estava Alice Fernandes da Silva, de 51 anos, que trabalhava como diarista no local.
Os dois serão indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte), extorsão (porque, segundo familiares, eles estavam exigindo dinheiro da idosa) e incêndio (porque eles atearam fogo ao apartamento, antes de fugir).
Os corpos das duas mulheres foram localizados pelos bombeiros, chamados por vizinhos após constatar o incêndio no apartamento.
Martha e Alice foram encontradas degoladas. O corpo da idosa foi encontrado carbonizado.
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Extorsão
Alice era diarista no imóvel havia mais de 20 anos. Segundo um filho dela, o bombeiro hidráulico Diogo Fernandes da Silva, de 27 anos, o serviço já havia sido pago, mas os dois pintores estavam exigindo mais dinheiro.
"O serviço foi feito e todo pago, mas eles estavam coagindo a dona Martha a dar mais dinheiro. A dona Eleonora, filha dela, contou que há 15 dias eles bateram lá contando uma história triste e querendo mais dinheiro. Em outro episódio, na última semana, eles foram lá novamente, desta vez só com a dona Martha, colocaram o pé na porta, a ameaçaram e a coagiram para levar mais dinheiro. Nesse dia, a minha mãe não estava lá."
A Polícia Civil já recolheu imagens que mostram os dois pintores chegando ao imóvel, às 13h34. Eles usavam máscaras e bonés e carregavam uma sacola. Segundo o filho da diarista, a entrada da dupla foi autorizada por Martha e Alice.