Prefeito Marcelo Lima, de São Bernardo do Campo, é afastado após operação da Polícia Federal

Político também precisará fazer uso de tornozeleira eletrônica

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 21:48)
Prefeito Marcelo Lima, de São Bernardo do Campo, segurando uma grande chave para matéria informando que ele foi afastado após operação da PF revelar esquema de corrupção
Legenda: Prefeito está proibido de sair da cidade sem autorização judicial
Foto: Reprodução/Instagram

O prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), foi afastado do cargo por um ano nesta quinta-feira (14). A Polícia Federal chegou a pedir a prisão dele, mas a Justiça negou. No entanto, ele deverá usar tornozeleira eletrônica

Essas medidas foram adotadas em meio a uma operação da PF que investiga um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na prefeitura de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Conforme o G1, um servidor e dois empresários foram presos. 

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As investigações focaram em uma possível ocorrência de corrupção e pagamento de propina em contratos com empresas nas áreas de obras, saúde e manutenção. Em julho, foram encontrados R$ 14 milhões com um servidor apontado como operador financeiro de Marcelo. 

Por isso, além do afastamento e do uso da tornozeleira eletrônica, o prefeito está proibido de: 

  • Sair de casa à noite e nos finais de semana;
  • Ter contato com os demais investigados;
  • Sair da cidade sem autorização judicial. 

Com o afastamento do prefeito, a vice-prefeita, Jessica Cormick (Avante) assumirá o cargo. Ela é sargento da Polícia Militar

Alvos da operação

A operação investiga nomes como: 

  • Danilo Lima Ramos (Podemos): presidente da Câmara Municipal e primo do prefeito
  • Ary José de Oliveira (PRTB): suplente de vereador
  • Fábio Augusto do Prado: secretário de Coordenação Governamental na Prefeitura de São Bernardo do Campo
  • Paulo Iran Paulino Costa: servidor da Alesp, apontado como operador financeiro do esquema
  • Antônio Rene da Silva Chagas: diretor de Departamento na Secretaria de Coordenação Governamental
  • Edmilson Carvalho: empresário
  • Caio Henrique Pereira Babbri: sócio da Quality Medical

A Polícia Federal identificou um esquema em que arrecadavam e distribuíam propinas, além de pagar despesas pessoais do prefeito e familiares. 

Para isso, utilizavam celulares clandestinos e anotações com códigos e apelidos para dificultar o rastreamento. 

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