Criminosos roubam mais de 10 obras de arte da Biblioteca Mário de Andrade

Entre as peças levadas estavam gravuras de Candido Portinari que ficariam expostas até este domingo (7).

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Redação producaodiario@svm.com.br
Fachada frontal da Biblioteca Mário de Andrade, no Centro de São Paulo.
Legenda: Biblioteca Mário de Andrade é a segunda maior instituição municipal deste tipo do país.
Foto: Divulgação/Prefeitura de São Paulo.

Dois criminosos armados invadiram a Biblioteca Municipal Mário de Andrade, no Centro de São Paulo, e roubaram obras de arte valiosas, pertencentes a artistas como Candido Portinari e Henri Matisse. A ação ocorreu na manhã deste domingo (7)

Conforme informações repassadas pela Polícia Militar (PM), os criminosos estavam armados e, no momento da ação, renderam os vigilantes da instituição. Após a concretização do delito, a dupla teria fugido em direção à estação Anhangabaú do Metrô. Equipes da PM iniciaram prontamente o patrulhamento na região, mas nenhum suspeito foi detido.

O alvo principal da ação foi a exposição “Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade”. A mostra estava no seu último dia de exibição no local.

Pessoas olham gravuras penduradas em parede de exposição.
Legenda: Gravuras faziam parte de exposição feita por meio de uma colaboração entre o MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade.
Foto: Luan Santos.

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa confirmou o desfalque de 13 gravuras. Deste total, oito eram de Henri Matisse — um dos principais expoentes da arte moderna e líder do Fauvismo, — e cinco eram de Candido Portinari, provenientes da obra “Menino de Engenho”.

A Secretaria municipal salientou que o acervo em exposição dispõe de apólice de seguro vigente. A biblioteca, considerada a maior pública de São Paulo e a segunda maior do país, possui sistema de câmeras de segurança e equipe de vigilância. Todo o material relevante para as averiguações está sendo entregue às autoridades policiais.

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Histórico de furtos

A principal biblioteca de São Paulo já foi palco de incidentes similares. Em 2006, o local sofreu um furto de 12 gravuras raras do século 19. As peças, que eram datadas de 1834 e faziam parte do livro "Souvenirs de Rio de Janeiro", foram restituídas à biblioteca pela Polícia Federal somente em 2024, após 18 anos.

Na ocasião, foram encontradas com um colecionador brasileiro que as havia adquirido legalmente em um leilão em Londres. No caso deste domingo, Portinari foi um dos alvos.

Ele é um dos pintores brasileiros de maior projeção internacional e já teve outras obras suas levadas em assaltos anteriores.

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