Motociclista sofre fraturas graves no crânio e sobrevive quase sem sequelas após colisão

Caso foi em Curitiba, no Paraná. Tomografia mostra que ossos da testa se quebraram em cerca de 30 pedaços.

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Redação producaodiario@svm.com.br
Imagem dividida: à esquerda, uma tomografia 3D de um crânio humano com fraturas; à direita, um close do rosto de um homem barbudo e careca.
Legenda: Marcos sofreu o acidente quando tentava ultrapassar um caminhão.
Foto: Arquivo pessoal.

A recuperação de Marcos Ribeiro de Lima, 40, impressiona até os médicos. Após sofrer uma grave colisão de moto em Curitiba, no dia 14 de outubro, o motociclista teve o crânio dividido em dezenas de fragmentos, mas hoje, pouco mais de um mês após a ocorrência, está quase sem sequelas.

A tomografia feita instantes após a batida mostrou cerca de 30 pedaços na região da testa, cada um com menos de dois centímetros, além de múltiplas fraturas na base do crânio.

A violência do impacto só não foi fatal porque Marcos usava capacete. “Acho que se eu não tivesse com um capacete bom, teria morrido. Ficou tipo um quebra-cabeça”, afirmou, em entrevista ao g1.

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O acidente aconteceu em um dia chuvoso, quando Marcos tentava ultrapassar um caminhão. Segundo ele, o veículo o “fechou”, e não houve tempo para frear antes de atingir a traseira. A companheira dele, que estava na garupa, teve apenas ferimentos leves. “No que eu bati com a cabeça, já cai. Minha companheira tava agarrada, não se machucou muito. Se ralou. Ela também estava de capacete". 

As fraturas de Marcos foram tratadas por uma equipe de neurocirurgiões do Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul. O procedimento, considerado de alta complexidade, envolveu a “costura” dos fragmentos ósseos. Segundo o neurocirurgião Amylcar Dvilevicius, ouvido pelo g1, diferentes técnicas foram avaliadas, mas apenas uma seria eficaz no caso: a amarração dos pequenos pedaços

Além das fraturas, Marcos sofreu ruptura da dura-máter, membrana que envolve e protege o cérebro, e hemorragias internas, o que aumentou a complexidade da cirurgia. “É um procedimento que envolve vários passos: expor as fraturas, retirar fragmentos, acessar a membrana e o cérebro...”, detalhou o médico.

Ainda em recuperação, Marcos diz sentir-se quase totalmente bem. “Foi 100% a cirurgia. Não sinto dor. Quando eu vi a imagem, não cheguei a pensar ‘nossa, como foi feio’. Senti, assim, que foi uma batida bem grande. Tá sendo uma recuperação muito boa”, disse.

Ele ficou internado por duas semanas e agora segue o tratamento em casa, devendo manter acompanhamento médico por pelo menos seis meses. “Só tenho a agradecer a Deus e aos médicos que me cuidaram muito bem”, declarou.