PM afasta tenente absolvido por matar lutador Leandro Lo
Atitudes do oficial teriam irritado corporação. Releembre o caso.
O tenente da Polícia Militar Henrique Velozo, julgado e absolvido pela morte do campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo, foi afastado das atividades da corporação.
Em novembro deste ano, o oficial foi liberado da prisão onde era mantido há mais de três anos, em São Paulo, após os jurados acolherem a tese da defesa de que ele agiu em legítima defesa. As informações são do portal g1.
No entanto, na última segunda-feira (1º), o Comando Geral da Polícia Militar paulista decidiu afastar o tenente, mesmo após a Justiça determinar liminarmente a reintegração, sob a justificativa de que ele não poderia retornar até "a decisão final do Poder Judiciário".
Com a medida, o PM continuará recebendo cerca de 1/3 do salário de R$ 14,6 mil, mas sem participar das atividades do 49º Batalhão, onde é lotado.
O que aconteceu?
O atleta Leandro Lo, de 33 anos, foi baleado na cabeça durante um show, em 2022, e morreu após ser socorrido e levado a um hospital.
Na época, ele e o policial tiveram uma discussão dentro de uma casa de show e o oficial disparou um tiro na cabeça do campeão mundial de jiu-jítsu.
Após o crime, Velozo se entregou à Corregedoria da corporação e permanecia preso desde então, em presídio militar, até ser solto em novembro.
Postura do PM teria irritado corporação
Ainda conforme o portal, a força de segurança ficou irritada com a postura do tenente, pois ele teria ignorado os protocolos de comunicação para esse tipo de caso.
Na época, em vez de procurar os superiores logo após a morte do lutador, Velozo fugiu do local, foi para outra casa noturna e, em seguida, levou uma garota de programa para um motel antes de se entregar às autoridades.
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O que diz a defesa do policial?
Ao g1, a defesa do oficial disse que ele aguardará a decisão da Justiça fora do serviço operacional.
"Ele é Tenente da PMESP e vai aguardar a decisão final do procedimento disciplinar fora do serviço operacional. A defesa estuda medida para o retorno dele ao serviço policial", declarou o advogado Claudio Dalledone, representante de Velozo.