Polícia encontra marcas de sangue em carro de empresário achado morto em São Paulo

A descoberta levou o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) a solicitar uma nova perícia no veículo

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 19:02)
Imagem mostra o empresário Adalberto Amarillo dos Santos Junior em cima de uma moto amarela de alto padrão.
Legenda: Adalberto desapareceu na noite de 30 de maio, após participar de um evento de motocicletas no Autódromo de Interlagos.
Foto: Reprodução / Arquivo pessoal

A Polícia Civil de São Paulo encontrou marcas de sangue no carro de Adalberto Amarillo dos Santos Junior, empresário de 35 anos, encontrado morto na última terça-feira (4) dentro de um buraco de obras da Prefeitura no Autódromo de Interlagos.

A descoberta levou o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) a solicitar uma nova perícia no veículo.

Veja também

A peça de roupa apreendida pelas autoridades não foi reconhecida por familiares da vítima. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que os trabalhos continuam com a coleta de depoimentos de parentes e testemunhas, enquanto se aguarda a conclusão de exames periciais que devem esclarecer a causa da morte.

Adalberto desapareceu na noite de 30 de maio, após participar de um evento de motocicletas no autódromo. Seu corpo foi encontrado em uma escavação de três metros de profundidade e 80 centímetros de diâmetro, em uma área externa à pista, sem sinais aparentes de violência ou fraturas.

Segundo Ricardo Lopes Ortega, diretor do Instituto de Criminalística, a principal hipótese é que a morte tenha ocorrido por "compressão torácica que promoveu uma asfixia"

“Ele foi encontrado dentro de uma escavação de engenharia, uma profundidade de três metros por um diâmetro de aproximadamente 80 centímetros. Foram empregadas todas as tecnologias que temos. Foi usado drone, scanner 3D, que é um processo que a gente imortaliza tridimensionalmente a cena de um crime”, disse Ortega à TV Globo.

Apesar da suspeita de asfixia, a causa da morte ainda não está confirmada. Giovanni Chiarelo, diretor técnico do Instituto Médico Legal (IML), afirmou que exames de imagem e raio-x não indicaram fraturas ou agressões

O corpo do empresário apresentava escoriações superficiais, mas ainda não se sabe se essas lesões ocorreram antes ou depois da morte. Exames adicionais – toxicológico, anatomopatológico e subungueal – foram solicitados para investigar possíveis sinais de luta corporal. Os laudos não têm data prevista para serem concluídos.

Investigação da morte de empresário

A Polícia Civil segue tratando o caso como “morte suspeita”, já que não se sabe se empresário morreu por acidente ou foi vítima de homicídio.

Caso se comprove a segunda hipótese, as investigações terão de esclarecer se há envolvimento de terceiros e qual seria a motivação.

Os legistas estimam que Adalberto morreu cerca de 36 horas antes do corpo ser encontrado, o que situaria o óbito entre a noite de sexta-feira (30) e o domingo (1º).

O empresário foi visto com vida pela última vez ao deixar o evento de motos, indo em direção ao estacionamento, segundo relato de um amigo à polícia.

Imagens de câmeras de segurança do autódromo registraram a chegada de Adalberto, sozinho. As autoridades buscam agora vídeos que revelem o trajeto que ele fez após sair do local, além de continuar colhendo depoimentos de amigos e familiares.

O corpo estava sem partes das roupas e não havia marcas nas paredes do buraco que indicassem tentativa de fuga, o que levanta a hipótese de que ele tenha sido colocado lá já sem vida. 

Nas redes sociais, familiares e amigos de Adalberto divulgaram amplamente seu desaparecimento, pedindo informações.

A esposa dele, Fernanda Dandalo, foi a última a falar com o empresário, por volta das 20h do dia 30. Desde então, ele não foi mais visto com vida.

Adalberto se apresentava como empreendedor e era dono de uma ótica com unidades em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo. 

Assuntos Relacionados