Ministro Lewandowski nega operação de espiões russos em larga escala no Brasil

Órgãos de inteligência e segurança brasileiros seguem atuando para evitar ocorrências

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 14:20, em 23 de Maio de 2025)
Lewandowski na Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado. Imagem usada em matéria que fala que ministro nega operação em larga escala de espiões russos no Brasil
Legenda: Lewandowski negou a operação de espiões russos em larga escala
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, negou estar ocorrendo uma formação em larga escala de espiões russos no Brasil. Em depoimento realizado nesta quinta-feira (22), o titular da Pasta declarou que não há evidências dessa atuação desses espiões estrangeiros. As informações são da CNN Brasil

“Não há nada de concreto nesse sentido de que há uma ação em larga escala de espiões, sejam da Rússia, sejam de qualquer país. Nossas autoridades, tanto do setor militar quanto do setor policial, mesmo da Abin, estão atentos para isso, estão funcionando regularmente”, afirmou. 

Nesse cenário, os órgãos de inteligência e segurança brasileiros seguem atuando para evitar ocorrências. Durante a cerimônia de abertura da 4ª Reunião da Interpol para chefes de polícia da América do Sul, Lewandowski chegou a citar que foi identificado um caso isolado. 

No entanto, a ocorrência segue em investigação. O homem está sob a responsabilidade do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Quando o Judiciário decidir, o governo brasileiro tomará a decisão correspondente à decisão do Supremo Tribunal Federal neste caso. Enquanto não houver, digamos assim, uma ação criminosa, não é o caso da Polícia Federal ingressar na questão”.
Ricardo Lewandowski
Ministro da Justiça

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Entenda o caso sobre espiões russos

Na última quarta-feira (21), o jornal estadunidense The New York Times publicou que o governo da Rússia teria usado o Brasil como uma "fábrica de espiões", que posteriormente eram enviados a outros países para serviços de espionagem.

Segundo a publicação, o Putin utilizava uma plataforma para formar seus próprios espiões, cidadãos russos que iam ao Brasil apenas com o objetivo de forjar outra identidade. Depois, os agentes formados na "linha de montagem" em território brasileiro eram enviados para missões em países diferentes.

Durante o esquema, os agentes secretos se "camuflavam" em cidades do Brasil e se "tornavam" brasileiros, construindo uma "identidade e reputação que não gerasse questionamentos". Assim, os espiões viajavam para os Estados Unidos ou países na Europa e Oriente Médio como se tivessem cidadania brasileira.

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