Homem espancado e morto no Guarujá já foi preso por suspeita de integrar grupo de extermínio
O comerciante era policial militar e foi expulso da corporação em 2010
O comerciante Osil Vicente Guedes, que morreu após ser espancado em Guarujá, no dia 7 de abril, foi preso por suspeita de integrar um grupo de extermínio em 2008. Ele era policial militar de Pernambuco e foi expulso da corporação dois anos após a prisão.
O Governo de Pernambuco informou ao g1 que Osil "deixou de integrar a Polícia Militar em 2010, quando recebeu a pena de licenciamento ex-officio a bem da disciplina".
Osil foi preso em 2008 durante a Operação Guararapes, que tinha como alvo suspeitos de comer homicídios em Jaboatão dos Guararapes. Outros 42 agentes de segurança, da PM e do Corpo de Bombeiros, também foram presos.
O grupo encomendava assassinatos de pessoas e tinha motivações diversas, como vingança e eliminação de testemunhas, segundo a Polícia Civil de Pernambuco.
Espancamento
A Polícia Civil de SP investiga a morte de Osil, de 49 anos, como crime passional. Dono de uma empresa de reciclagem, o homem foi espancado em 3 de maio e morreu quatro dias depois no hospital.
Inicialmente, a polícia acreditava que ele teria sido linchado após ser alvo de uma fake news de roubo. A hipótese foi descartada a partir de novas evidências, que apontam a participação da ex-namorada de Osil e de um irmão dela no crime.
Veja também
Três suspeitos de espancar o empresário já foram identificados pela Polícia. Uma prisão preventiva já foi decretada, a segunda está em análise e a do último suspeito identificado deve ser solicitada em breve, segundo o g1.
Relação com ex-namorada
A ex-namorada de Osil havia sido responsável por uma sessão de espancamento que ele sofreu dois dias antes do espancamento que o matou. O homem informou o ato em áudio enviado a familiares.
"Você acredita muito na conversa de Vanessa. Ela te contou que ela chamou três traficantes para me espancar? O cunhado dela e mais dois, mais dois bandidos perigosos. Ela te contou isso?", disse o comerciante.
Segundo parentes, os dois estavam separados havia dois meses e viviam um relacionamento conturbado, com brigas e discussões. A família confirmou que Osil tinha problemas psicológicos e fazia uso contínuo de medicamentos para depressão, agravada após a separação do casal.