Donos de escola investigada por maus-tratos contra crianças são indiciados nove vezes por tortura

Casos foram revelados após uma professor testemunhar as cenas de maus-tratos e gravar as humilhações

Escrito por Redação ,
Menino amarrado pela blusa a um poste
Legenda: Um dos registros dos maus tratos mostra um menino amarrado pela blusa a um poste
Foto: Reprodução/TV Globo

Os donos da escola particular Pequiá, Eduardo Mori Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira, foram indiciados nove vezes por tortura. A dupla prestou depoimento no 6º Distrito Policial (Cambuci) na tarde desta terça-feira (4), em São Paulo. 

Ao g1, o delegado do caso Fábio Daré detalhou que foram indiciados nove vezes por tortura porque foram identificadas nove vítimas. Assim, cada uma das penas pode resultar entre 2 a 8 anos de prisão.

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A unidade escolar fica localizada em Cambuci, na Zona Sul paulista. Os dois foram presos na última terça-feira (27) após serem denunciados por maus-tratos e tortura contra alunos. Eles são investigados por episódios de tortura entre 2015 e junho deste ano.

A investigação começou depois dos pais de alunos da escola registrarem boletim de ocorrência. No dia 26 de junho, a Justiça decretou prisão temporária dos dois. 

Maus-tratos

Os casos foram revelados após uma das professoras da unidade testemunhar cenas de maus-tratos e humilhações e conseguir gravar, escondida, as violências. 

Com as provas, ela procurou mães de alunos e foi até a delegacia do bairro, em 18 de junho, registrar boletim de ocorrência. As crianças vítimas de maus-tratos têm entre 1 e 6 anos.

No B.O, a educadora relatou punições, humilhações e agressões impostas às crianças quando algo não acontecia conforme as expectativas dos donos da escola. Um dos registros feitos mostra um menino amarrado pela própria blusa a um pilastre, dentro da sala de aula.

"Até em questão de xixi elas eram punidas, de ficar o dia inteiro com as necessidades na roupa, no caso da criança que fica sentada na caixa. Eram punidas por qualquer motivo", contou a professora Anny Garcia Junqueira ao g1, que fez a denúncia.

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