Câmeras de segurança mostram estudante da USP momentos antes de ser morta

Investigações buscam novas imagens em que ela teria sido seguida

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
Bruna Oliveira da Silva é vista em imagem de câmera de segurança
Legenda: Bruna seguia o trajeto próximo a sua casa, que fica cerca de 20 minutos da estação. Ela desaparece em outras imagens de câmeras de segurança
Foto: Reprodução

Imagens de câmeras de segurança divulgadas neste domingo (20), mostram os últimos momentos de Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, que foi encontrada morta na última quinta-feira (17), com sinais de violência sexual.

A estudante de mestrado da Universidade de São Paulo (USP) é vista saindo do terminal de ônibus da estação de Itaquera, que fica na Zona Leste da cidade de São Paulo. O corpo da jovem foi achado nos fundos de um estacionamento próximo ao terminal de ônibus.

É possível ver a jovem indo em direção a sua casa, que fica a 20 minutos a pé da estação. Na sequência, ela é vista em mais um trecho que costumava fazer para chegar à residência. É no fim desse trajeto que ela não é mais vista, e é onde a polícia acredita que ela foi capturada.

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Agora, os investigadores buscam por câmeras que tenham registrado o momento em que Bruna tenha sido seguida ou abordada por alguém. Até o momento, não se tem informações sobre suspeitos ou a causa da morte.

Fim de semana com o namorado

O desaparecimento de Bruna foi registrado na manhã de segunda-feira (14), pois segundo a família, ela passou o final de semana na casa do namorado no bairro do Butantã, na Zona Oeste da Capital paulista. 

A estudante desceu, no domingo (13), na estação Corinthians-Itaquera, ligou para a mãe, Simone da Silva, que lhe enviou uma transferência via Pix para pagar um carro de aplicativo, pois informou que havia perdido o ônibus e que estava com pouca bateria no celular. O último acesso foi registrado às 22h20. 

Marcas de violência sexual

O corpo de Bruna foi encontrado na tarde de quinta-feira (17), na Avenida Miguel Ignácio Curi, com a identificação sendo confirmada por familiares em razão das tatuagens da jovem, que chegou ao Instituto Médico Legal (IML), na sexta (18).

"As investigações estão em andamento visando o total esclarecimento dos fatos", informou a Secretaria da Segurança Pública em nota. Bruna foi achada com marcas de agressão sexual e estava apenas com roupas íntimas.

Estudante também era mãe

Cursando mestrado em Mudança Social e Participação Política na Universidade de São Paulo (USP), Bruna era mãe de um menino de 7 anos. Segundo a família, ela era feminista e lutava contra a violência de gênero.

A jovem Bruna Oliveira da Silva em selfie
Legenda: Bruna era descrita como feminista e lutava contra violência de gênero
Foto: Reprodução / Redes sociais

"Minha filha sempre lutou em prol do feminismo. Era muito contra a violência contra a mulher. Ela estudava isso e morreu exatamente como mais temia e como eu mais temia. Aí pergunto: 'Por que não fui eu?'. A dor seria bem menor", desabafou Simone, mãe de Bruna.

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